O acusado de tráfico internacional de drogas Waldeck Carlos Barros de Lima, 26, preso, na tarde de ontem pelo Batalhão de Operações da Polícia Militar de Alagoas (Bope), foi encaminhado para o 8° Distrito Policial, no bairro do Benedito Bentes I.
A informação é da Polícia Civil de Alagoas que efetuou a prisão de Valdeck Carlos por porte-ilegal de armas, já que juridicamente o suposto traficante não pode ficar na carceragem da Polícia Federal de Alagoas por falta de provas.
O delegado Manoel Wanderley Messias encaminhou Waldeck Carlos após conseguir enquadrá-lo pelo porte. A tentativa da Polícia Civil e do Bope foi evitar que o acusado pudesse voltar às ruas depois da operação que resultou na prisão de seis suspeitos de integrarem o tráfico internacional.
Alguns membros da quadrilha possuem envolvimento até em homicídios. O bando – conforme as informações levantadas pelo Batalhão de Operações Especiais – possui interligação com o tráfico boliviano e com demais quadrilhas no Nordeste e Espírito Santo.
A quadrilha foi presa na tarde de ontem no Conjunto Frei Damião, no complexo do Benedito Bentes. A operação estava sendo montada desde o mês de dezembro de 2006, pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Alagoas.
Durante as investigações, a Polícia Militar conseguiu comprovar ramificações da quadrilha no Acre e no Maranhão. A droga vinha do exterior e era redistribuída no Nordeste. Ainda de acordo com o Serviço de Inteligência da Polícia Militar, Waldeck Carlos é o braço direito do traficante de maior atuação do Bom Parto, o Charlão.
No momento em que Waldeck Carlos Barros de Lima foi preso, ele estava em companhia de Elias Barros da Silva e Wagner Gregório Mendes da Silva Oliveira, em um posto de combustíveis. Os três estavam em um táxi de cor branca e placa MVG-6906.
Após a prisão dos três, o Batalhão de Operações Especiais foi à casa onde estavam os demais integrantes do grupo. Foram presos Valton Martins de Almeida, Victor Mendes da Silva Oliveira e a esposa Cléia Gonlçalves de Araújo.
Na residência – que pertence a Victor Mendes – a Polícia Militar encontrou quase dois quilos de cocaína, pasta de crack e R$ 714,00 em espécie, além de armas. Foram apreendidas uma moto azul de placa MVE-2541 e um Fiesta verde de placa MUE-9828.
Waldeck Carlos foi ouvido pela Polícia Federal, mas conforme o tenente Jatobá, a equipe federal alegou ausência de material para a prisão dele. O restante da quadrilha permanece presa na carceragem da PF, conforme as primeiras informações levantadas.
A Polícia Militar e o Serviço de Inteligência se aproveitou do fato do acusado ter sido preso com uma arma e o levou para a plantonista da Polícia Civil competente. Waldeck Carlos foi autuado pelo delegado Manoel Wanderley Messias e as investigações seguem com o suspeito entre as grades.
A tentativa do Serviço de Inteligência da PM é colher informações suficientes para que todos os detidos sejam processados por tráfico internacional de drogas. Por esta razão, o tenente Jatobá destacou a importância de Waldeck Carlos se encontrar preso.
Informações extra-oficiais
Na manhã de hoje, houve a informação de que duas pessoas da quadrilha haviam sido liberadas, também por ausência de provas. A informação é que Valton Martins de Almeida e Elias Rodrigues da Silva também não puderam ser enquadrados por ausência de provas materiais.
Eles foram levados para a Delegacia de Plantão II para serem presos juntamente com o porte-ilegal de arma, por estarem em companhia de Waldeck Carlos, mas não foi possível. O Alagoas 24 Horas tentou confirmar a informação com a Polícia Federal, mas o delegado federal que recebeu os presos não se encontrava na sede da instituição. Ninguém na PF soube informar com precisão sobre a liberação dos presos.
Na Polícia Civil de Alagoas há apenas o registro de prisão de Waldeck Carlos e o encaminhamento deste para o 8° Distrito Policial. O tenente Jatobá confirmou a informação de que dois presos haviam sido liberados, mas não soube informar os nomes.