O deputado federal Cristiano Matheus (sem partido), eleito com Gerônimo Ciqueira pelo PFL, ambos no primeiro mandato, destaca o desempenho do colega na Cârama Federal. O parlamentar garante que Gerônimo Ciqueira vinha se queixando há semanas de problemas respiratórios e que chegou a ser examinado por médicos da Câmara Federal.
“Ele vinha se queixando de dores no peito, dificuldade para respirar e que não estava se adaptando ao clima de Brasília. Tanto, que sua mulher, Eudócia, requisitou atendimento dos medidos da Câmara, que recomendaram 20 dias de repouso total e sugeriram até que ele voltasse a Maceió, onde estava adaptado ao clima”, conta o parlamentar.
Há duas semanas, Gerônimo Ciqueira estava afastado de suas funções na Câmara, tendo sido, inclusive, proibido de atender telefone, para poupar suas forças, mas o parlamentar alagoano se recusou a voltar para Maceió, afirmando que iria se recuperar.
Ontem, a crise se agravou e Ciqueira foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, vindo a falecer por volta das 4h30 de hoje.
A deficiência de Ciqueira foi provocada pela Talidomida, um medicamento que começou a ser usado na década de 50 como um sedativo. Rapidamente, a droga começou a ser prescrita para mulheres gestantes, para combater os enjôos matinais, o que resultou no nascimento de milhares de crianças com defeitos congênitos, a exemplo do parlamentar alagoano.
Ainda de acordo com Matheus, a bancada federal solicitou a ajuda do senador Renan Calheiros (PMDB), que providenciou o translado do corpo de Ciqueira, que deverá chegar a Alagoas por volta das 17 horas, em horário que ainda será confirmado pela assessoria.
