Deficientes físicos e familiares lotaram Igreja dos Capuchinhos
A Igreja dos Capuchinhos, que fica no bairro do Farol, está lotada. Familiares, amigos e deficientes físicos da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas lembram, neste momento, os sete dias da morte do deputado federal Gerônimo Ciqueira.
O luto ainda é forte e a dor da perda recente também, mas a cor predominante na igreja é o branco. Nas camisas padronizadas, estão a foto de Gerônimo e as palavras “fui feliz porque sou especial”.
Nos primeiros bancos da igreja, a mulher de Gerônimo e os parentes mais próximos, além de deficientes físicos como a atleta Sônia Gouveia, destaque alagoano no atletismo.
Atletas do basquete, natação e outros esportes também lamentam a morte do deputado. Carlos Antônio, sofreu um acidente em um parque de diversões, há quase um ano, e está na Adefal há poucos meses.
“É muito triste. Ele vinha me apoiando muito no tratamento e na prática do basquete de cadeira de rodas. É uma perda muito grande”, afirmou.
A missa é celebrada pelo padre Eduardo Tadeu. Nesta tarde, está marcada outra missa em memória de Gerônimo Ciqueira. A missa será celebrada na igreja do conjunto Santo Eduardo, às 16h.
Morte
Gerônimo Ciqueira nasceu no município de Maribondo. A deficiência de Ciqueira foi provocada pela Talidomida, um medicamento que começou a ser usado na década de 50 como um sedativo. Rapidamente, a droga começou a ser prescrita para mulheres gestantes, para combater os enjôos matinais.
Na madrugada do último domingo, Gerônimo faleceu no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, onde estava internado para tratar de problemas respiratórios, que provocaram uma pneumonia.
Ciqueira era o único representante dos portadores de deficiência física na Câmara Federal e a vaga dele foi assumida pelo deputado Augusto Farias, irmão de Paulo César Farias.
Crédito: Alagoas24horas
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