Policiais federais vão parar por 24 horas

Não houve acordo entre os policiais federais e o ministro da Justiça, Tarso Genro, no sentido de suspender a paralisação marcada pela categoria, que ocorrerá na próxima quarta-feira, 28 de março. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Sandro Torres Avelar, e outros representantes das entidades classistas do DPF estiveram reunidos com o ministro na manhã desta segunda-feira, em Brasília. Entre outros assuntos, eles trataram do cumprimento do acordo firmado pelo governo federal de recomposição salarial da categoria.

Os delegados e demais policias federais mantiveram a paralisação das atividades por 24 horas depois de amanhã em protesto ao descumprimento por parte do Governo Federal do acordo firmado de recomposição salarial. A data coincide com o aniversário do Departamento de Polícia Federal, que completará 64 anos de criação. Participarão do ato policiais federais dos 26 estados e do Distrito Federal.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, reafirmou durante o encontro o compromisso assumido pelo Governo Federal de valorizar os policiais federais. “Minha visita aqui hoje reforça o compromisso de trabalhar pela valorização da categoria. As reivindicações dos policiais federais serão tratadas com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”, afirmou o ministro. Genro se comprometeu a levar a reivindicação dos policiais federais até o ministro Paulo Bernardo durante reunião marcada para esta segunda-feira, dia 26 de março.

Relembre os fatos

No dia 15 de março, representantes da ADPF e de outras entidades de classe realizaram um ato público no Salão Negro do Ministério da Justiça, em Brasília. Cerca de 100 policiais federais cobraram o cumprimento do compromisso assinado pelo então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Os delegados de polícia federal foram representados por integrantes da Diretoria Executiva e de Diretorias Regionais da ADPF.

O grupo carregou uma faixa com a reprodução do termo de compromisso assinado pelo ministro da Justiça e a frase Acordo é para ser cumprido – Representantes Classistas dos Policiais Federais. Estavam presentes, entre outros, representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e da Associação Nacional dos Peritos Criminais (APCF). Nesta mesma quinta-feira, a ADPF encaminhou uma carta a todos os parlamentares pedindo apoio para a busca pelo cumprimento do acordo firmado pelo governo com os policiais federais.

Um mês antes, no dia 15 de fevereiro, as entidades representativas de classe do DPF entraram em estado de greve. O compromisso assinado pelo Governo Federal de diminuir a desigualdade que foi instaurada entre a remuneração da categoria e a dos servidores dos outros órgãos que integram o sistema criminal da União, o Ministério Público e Magistratura Federal. Enquanto outras carreiras típicas de Estado tiveram nos últimos quatro anos reajustes que variaram entre 130,68% e 311,73%, a polícia federal teve, nos últimos doze anos, recomposição pouco superior a 40%.

Para restaurar esse equilíbrio, o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, com o aval dos ministros da Fazenda e do Planejamento e com o apoio da Casa Civil, assumiu compromisso formal, assinado em papel timbrado com o Brasão da República, no qual definiu o quantum, o modo e o prazo no qual se daria o reajuste dos policiais. O documento foi assinado em 2 de fevereiro de 2006 e representou o desfecho de uma longa negociação desenvolvida durante todo o ano de 2005.

No dia 5 de março deste ano os policiais federais entregaram uma carta endereçada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A correspondência cobrou o cumprimento do acordo assumido pelo Governo Federal de recomposição salarial da categoria.

Fonte: Assessoria

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