O PFL aprovou hoje, em convenção nacional, a mudança no nome da legenda para Democratas (DEM) e o deputado Rodrigo Maia (RJ) como novo presidente do partido. Os pefelistas também elegeram a nova executiva nacional e aprovaram a criação de 14 vice-presidências –que vão dividir com Maia as articulações no comando do DEM.
O PFL vai registrar a mudança de nome no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo do partido é promover uma renovação da na legenda, a começar pela sigla, para atrair novos filiados com vistas às eleições presidenciais de 2010.
Em outubro, o partido conseguiu eleger apenas um governador, José Roberto Arruda (DF), e viu o seu número de deputados federais ser reduzido.
"Vivemos a frustração de não apresentar candidatos próprios à presidência. Não foi por falta de vontade", reconheceu o ex-presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC).
Ele admitiu que o partido precisa passar por uma renovação para atingir "grotões" do país e conquistar novos eleitores –ao contrário do que ocorreu no ano passado.
Discurso
Maia assumiu o comando do PFL com a promessa de renovação da legenda e de manter o discurso oposicionista em foco. O deputado também disse estar disposto a colocar a reforma política no centro das discussões dos democratas.
"Ao mesmo tempo, os vetores de cidadania e liberdade apontam para nós democratas a urgência de reformas como a tributária na perspectiva do contribuinte, a do acesso facilitado ao emprego, as garantias sociais", defendeu.
A convenção do PFL foi acompanhada por lideranças do PSDB, como o presidente da legenda, Tasso Jereissati (CE), e os líderes tucanos na Câmara e no Senado. Apesar da aparente aliança, o PFL está disposto a defender a reeleição de Gilberto Kassab para a prefeitura de São Paulo, mesmo que o PSDB decida apresentar a candidatura de Geraldo Alckmin para o cargo.
Mesmo com a defesa de Maia ao seu nome, o prefeito preferiu ser cauteloso. "A eleição não está na pauta agora. É correto sempre o partido se posicionar pela candidatura própria. Mas é prematuro", afirmou.