Policial Federal tenta anular processo que pede sua demissão

Sionelly Leite/Alagoas24horasEriberto Pinheiro se defende e diz que a punição que querem lhe impor é arbitrária e irregular

Eriberto Pinheiro se defende e diz que a punição que querem lhe impor é arbitrária e irregular

O policial federal Francisco Eriberto Pinheiro – que responde a um processo administrativo que pede sua saída do quadro da Polícia Federal de Alagoas – luta contra a demissão e diz que foi vítima de uma “perseguição”.

Eriberto Pinheiro conseguiu uma primeira vitória, no campo judicial. A Justiça Federal lhe concedeu uma liminar que suspende a tramitação da peça judicial. Pinheiro é acusado de falsificar um documento para conseguir liberação de horário.

O documento foi fornecido pela escola de pós-graduação e cursos CPC Marcato. O processo de demissão ainda se encontra em curso e conforme o superintendente da Polícia Federal, Bergson Toledo, o documento apresentado pelo agente apresentava informações inverídicas sobre seus horários de estudo.

Eriberto Pinheiro se defende e diz que a punição que querem lhe impor é arbitrária e irregular. “O documento é verdadeiro, apenas continha informações distorcidas. Bastava apenas que eles não me concedessem o horário livre que eu estava pedindo, já que é uma prerrogativa da superintendência me liberar ou não. Não necessitava toda esta questão. Isto foi por outros motivos”.

Pinheiro não quis especificar o porque da perseguição, mas disse que ela se iniciou ainda na gestão do antigo superintendente, Rogério Cota, e que envolve o delegado Fernando Castro. “Estou pedindo a anulação deste processo. Já consegui a liminar de suspensão, o que é um bom sinal e demonstra que a Justiça reconhece a exorbitância desta decisão”, destacou o policial.

Já Bergson Toledo afirma que não há clima de perseguição dentro da Polícia Federal de Alagoas. “Posso afirmar que não existe isto aqui e que não encontrei nada que indicasse ações de perseguição por parte da gestão anterior. O caso do processo de Eriberto Pinheiro está dentro da legalidade. Ele responde por um ato que cometeu, como aconteceria com qualquer funcionário público que apresentasse em seu trabalho uma declaração falsa”.

“Vou citar um exemplo: se um funcionário da Caixa Econômica entregar um documento falso no seu emprego, e for denunciado, ele é indiciado criminalmente e responde a processo administrativo. No caso dele, não precisa ser denunciado porque já está nos quadros da Polícia Federal. Então, ele responde na esfera criminal e processo administrativo”, destacou Bergson Toledo.

Indagado sobre casos semelhantes que não tiveram a mesma punição dentro da PF, como foi cogitado por sindicalistas, Toledo diz que “desconhece”. “Se alguém sabe de alguma ação parecida que não teve o mesmo tratamento, que denuncie”, destacou.

No entanto, Bergson Toledo ressalta que na decisão da Justiça deve pesar o antecedente de Eriberto Pinheiro. “Ele é um policial de ficha limpa. Infelizmente cometeu este ato impensado. Ele teve o direito dele de defesa e o dono da escola (CPC Marcato) também está sendo indiciado por conta deste documento”.

Segundo Toledo, o sindicato fez um “escarcéu” sobre o fato, quando na realidade não havia uma “ação direcionada contra Eriberto Pinheiro”, mas um processo por conta da irregularidade.

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