O Grupo Gay de Alagoas vai pedir uma audiência com o secretário de Defesa Social, general Sá Rocha, para debater a violência contra homossexuais em Alagoas.
Na quinta-feira, o GGAL contabilizou mais um assassinato, o terceiro do ano a homossexuais. Valdeir Olino dos Santos, 43, foi encontrado enterrado na praia de Ipioca.
Segundo informações da família ele estava desaparecido desde o dia 12, após receber uma ligação do seu companheiro.
Nesta sexta, integrantes do GGAL estiveram na casa da família, onde prestaram solidariedade e firmaram o compromisso de cobrar justiça para os crimes contra homossexuais.
De acordo com o Grupo Gay, o delegado que investigará o caso, Alcis Andrade, do 6º Distrito Policial, garantiu que aguarda apenas a instauração do inquérito para ouvir testemunhas e decretar a prisão do acusado.
Violência
No ano foram registrados 23 assassinatos a homossexuais e nenhum dos casos foi solucionado. "Aliás, não foi decretada a prisão de nenhum acusado, isso é uma falta de compromisso por parte do Estado com os Direito Humanos e com a população GLBT de Alagoas", desabafou Otávio Oliveira, secretário de Direitos Humanos do GGAL.
Um dos casos que é exemplo da homofobia é o do assassinato do jovem Flávio dos Santos Vilela, 19, ocorrido no dia 14 de junho de 2006, no Jacintinho. Os assassinos do jovem apedrejaram e esfaquearam a vítima, que teve o corpo arrastado e jogado em uma vala, onde havia lixo e esgoto.
Conselho
O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e outras entidades solicitaram audiência com o governador para que seja sancionado o projeto de lei 570/2006, aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado, que cria o Conselho Estadual de Combate à Discriminação. Desde a sua aprovação na ALE, em dezembro do ano passado, o projeto espera pela sanção do Poder Executivo.
O conselho é inédito no país e pretende formular políticas públicas para negros, índios, mulheres, homossexuais e outros grupos socialmente discriminados.
Com assessoria