O superintendente da Slum, Lauriano Omena, explicou que, dos 16 pontos estudados pela Prefeitura, o de Guaxuma é o que apresenta melhores condições para abrigar o aterro sanitário. Uma das razões é a distância de cinco quilômetros para os mananciais.
A implantação do projeto, planejada para novembro, deve custar R$ 4 milhões, e a manutenção será feita pela empresa que vencer a licitação, com pagamento previsto no orçamento do município.
Segundo o consultor da Battre Mark Zulauf, a sugestão de alguns líderes comunitários de transformar o atual lixão de Maceió em um aterro sanitário não seria viável.
“Para se ter um aterro sanitário é necessário fazer uma impermeabilização do terreno, para que o chorume (resíduo líquido formado a partir da decomposição de matéria orgânica presente no lixo) não entre em contato com o solo e com os recursos hídricos (rios, por exemplo). Com o lixão só dá para fazer uma ação por cima e transformá-lo em um parque ambiental para devolvê-lo à sociedade”, explicou Zulauf.
De acordo com os técnicos, o aterro ainda se consolida como um fator positivo porque representa também a criação de cooperativas, gerando emprego e renda.
Aterro
Sem urubus, sem mau cheiro nem aquela aparência horrível dos tradicionais lixões pelo Brasil. A proposta de aterro sanitário apresentada por técnicos das prefeituras de Maceió e Salvador à imprensa alagoana e às lideranças comunitárias agradou e minimizou as dúvidas que existiam sobre a implantação do novo modelo de tratamento do lixo em Maceió.
Dos técnicos da Limpurb, os líderes ouviram que o aterro é uma atividade segura, desde que bem operado, e que Maceió pode ter um local de tratamento de lixo com melhores condições que Salvador.
“Dá para fazer um trabalho três vezes melhor. O custo é mais barato do que aqui, os recursos hídricos são mais distantes e vocês ainda têm sobras de espaço”, assegurou o gerente de tratamento do destino final da Limpurb, Pedro Rabelo.