Ricardo Rocha dá `puxão de orelha’ nos a favor e contra do CRB

O momento é de reflexão, esperança e confiança no projeto do CRB para a Série B do Campeonato Brasileiro. A parceria com a empresa ‘RT’, dos ex-zagueiros Ricardo Rocha e Alexandre Torres, com o Atlético/MG e o Corinthians Alagoano é uma prova indiscutível de que a diretoria regatiana está procurando os meios possíveis para que o pesadelo da Série C não se repita como nos dois anos anteriores e que o sonho da Série A se transforme em realidade.

Para não transformar em polêmica este bom momento que antecede o início da competição, é preciso refletir sobre os deveres que o clube alagoano tem antes e durante a difícil competição.

A parceria com a RT e o Galo Mineiro, com o reforço do Corinthians Alagoano, foi o que de melhor aconteceu para o CRB. Mas, numa competição longa como a Série B, diante de 20 clubes que lutam para chegar à divisão de elite ou permanecer na série B, a orquestra precisa está afinada.

Pouca estrutura

É bom ficar de olho e cobrar antes da bomba explodir. Logo após a última rodada da Taça Maceió o técnico Alexandre Barroso, durante coletiva com a imprensa, deixou claro que, da parte do CRB, a estrutura é mínima. “Agente entende a boa vontade da diretoria do CRB, mas é preciso que os jogadores tenham o mínimo de condições; é preciso que tenham uma alimentação adequada porque, se não, teremos atletas com problemas durante a competição”.

A preocupação do treinador, que tem sido um bom interlocutor com a imprensa, por exemplo, deve ser vista como um alerta. Pois, se a “RT” está buscando seu lugar no cenário esportivo e o Atlético/MG quer explorar seus jovens talentos, é preciso que o CRB entre com mais alguma coisa, além da estrutura e o discurso de uns a favor-contra.

A “RT” enquanto empresa, está investindo em novos talentos; o Atlético também. E o CRB, além do sonho da Série A, o que está fazendo? A pergunta é uma reflexão, não uma crítica, pois todos conhecem a realidade do Galo e sabem que poucos, dos muitos que se dizem regatianos, fazem o seu dever de casa. É hora de entender que o CRB nunca esteve tão próximo da Série A, pelo menos no papel; mas a realidade é outra.

O time

A boa notícia para o torcedor regatiano é que praticamente todo elenco do estadual faz parte do passado. Os sobreviventes são, em sua maioria, pratas da casa, como os bons e promissores zagueiros Anderson Lima e Anderson Vieira, o volante Jônatas, o lateral Rafinha e os atacantes Leandro e Edmar.

O alerta

E quando tudo parecia um mar de rosas eis que o xerifão Ricardo Rocha, veio a Maceió e soltou o verbo na direção dos conselheiros e dirigentes do CRB que não estão cumprindo o acertado e atrapalham o bom andamento na Pajuçara.

Seguro e direto ele disse que não abandona o barco, mas muita coisa precisa mudar. “Isso aqui é um negócio. O presidente Wilton Figueroa está se esforçando e nós estamos buscando o melhor caminho para que esse projeto traga os resultados traçados. Os que não querem participar que saiam e nos deixem trabalhar ou então as coisas vão mudar”, advertiu Ricardo.

Dispensa

Em meio a turbulência, a indisciplina do lateral esquerdo Jorge Guerra, que culminou com sua dispensa, acabou sendo um bom motivo para os ainda desavisados. Já o volante Rodrigo Santos, um dos poucos remanescentes do time, deve assinar a renovação nesta quinta-feira. Para o setor de meio campo o técnico Alexandre Barroso já tem á disposição oito jogadores: Ataliba, Gleidson, Odair, Luiz Gustavo, Leonardo Oliveira, Luciano, Jonatas e Diones.

reforços

Também nesta quinta-feira a diretoria do Galo deve confirmar mais um meia e um zagueiro experientes. O zagueiro Reginaldo chegou e está à disposição do treinador. Já o atacante Josimar, desembarca em Maceió nesta quinta-feira.

Amistoso

O primeiro teste de fogo para o ‘novo Galo’ será no próximo sábado, às 15h15, no Estádio Nelson Peixoto Feijó, contra o fraco 7 de Setembro, de Garanhuns-PE. No Brasileiro da Série B o CRB estréia no dia 12 de maio, no Estádio Bruno Daniel, diante do Santo André, no interior paulista.

Faca e o queijo

Como futebol se ganha dentro de campo é preciso que fora dele a estrutura esteja montada para agüentar os bons e maus momentos da competição. Pelo bem do CRB, se não for para ajudar não entre.

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