Agentes penitenciários descartam paralisação no domingo

Após a reunião do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas com o superintendente de Administração Penitenciária, coronel Luiz Bugarin, acabou sendo descartada a paralisação que ocorreria no domingo, quando será comemorado o Dia das Mães.

Dentre os 21 itens de reivindicação apresentados pelo sindicato, a carga horária, a carteira funcional e os adicionais noturno e de periculosidade – que de acordo com a entidade, está sendo mal calculado – foram os principais pontos de discussão.

Durante a reunião ficou acertado que duas novas reuniões vão acontecer amanhã para discutir individualmente as principais reivindicações. Às 9h30, a comissão do Sindicato vai se reunir com os responsáveis pela confecção das carteiras funcionais, que serão feitas de PVC em formato de crachá. O superintendente explicou que essa carteira é provisória, visto que ainda não foi resolvido o problema da nomenclatura da Superintendência e as carteiras funcionais devem ser confeccionadas com papel moeda.

À tarde, uma nova reunião deverá decidir as questões referentes à carga horária da categoria. Os agentes penitenciários possuem uma carga horária de 24 horas e 72 horas de folga, e estão reivindicando 96h de folga, já que no edital do concurso, diz que a categoria deve trabalhar 40 horas semanais. Quanto aos adicionais exigidos, os departamentos de Recursos Humanos e Financeiro da Superintendência se prontificaram a refazer os cálculos.

Os agentes aproveitaram para reclamar das péssimas condições de trabalho. Eles afirmam que não existe alojamento nas unidades prisionais, há grande deficiência nas guaritas e falta armamento. Em contrapartida o coronel Bugarin explicou que a pauta já foi apresentada ao Gabinete de Gestão Integrada (GGI). “Nós entendemos tanto as deficiências citadas pelos agentes, que não mediremos esforços para encontrar soluções, a curto e médio prazo”, disse o superintendente Luiz Bugarim.

Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas de Sousa, a reunião foi produtiva. “Nós estamos contando com a boa vontade do superintendente, porque também entendemos as dificuldades da resolução dos problemas. De qualquer forma vamos continuar pressionando o Estado por melhores condições de trabalho. Quanto à paralisação de domingo, nós decidimos cancelar, já que o coronel Bugarim se mostrou sensível à causa”, afirmou o sindicalista.

Denúcia

Sobre as denúncias de esquemas de prostituição entre presídios veiculados por um jornal, no final de semana passado, o coronel afirmou que só haverá apuração se houver denúncia formal e provas concretas.

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