Médicos entram em greve e ameaçam demissão coletiva

Os cerca de dois mil médicos que integram a rede estadual de saúde ameaçam colocar em prática a proposta de demissão coletiva caso o governo do Estado não negocie as reivindicações com a categoria. Mesmo com a liminar da Justiça, os médicos mantém a paralisação nos cinco ambulatórios 24 horas da capital desde as 7h de hoje.

A categoria reivindica do governo o reajuste de 50%, além de melhores condições de trabalho e atendimento para a população. De acordo com o presidente do sindicato dos médicos, Wellington Galvão, os médicos vêm sofrendo com defasagem salarial que chega a mais de 300%.

“Dentro da defasagem sofrida pela categoria, estamos reivindicando apenas 50% de reajuste. Mas o governo não quer negociar e ainda entrou com ação na Justiça alegando ilegalidade na greve. Toda a paralisação está dentro da Lei e estamos mantendo os 30% dos serviços essenciais”, explicou Galvão.

Na noite de hoje a categoria volta a se reunir em assembléia para definir o rumo da greve devido a liminar que alega a ilegalidade da greve. “Provavelmente estaremos suspendendo a greve por causa da liminar, mas discutiremos a proposta de demissão coletiva porque o governo não quer negociar e, então, vão ter um problema muito maior”, completou.

O sindicato está, também, entrando esta manhã com um recurso no Tribunal de Justiça contra a liminar que torna ilegal a greve da categoria.

Com a greve, os atendimentos nas Unidades de Emergência de Maceió e do agreste, além da Maternidade Santa Mônica, Hemoal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Hospital de Doenças Tropicais e Portugal Ramalho estão reduzidos.

“Estamos mantendo os trabalhos essenciais. Na Santa Mônica, os serviços nas UTI’s estão funcionando. Nossa intenção não é prejudicar a população. Estamos tentando ao máximo amenizar os problemas acarretados com a greve”, ressaltou o presidente do sindicato.

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