Cerca de 200 mil morrem de tabaco a cada ano

Considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), o tabagismo foi o foco central dos debates realizados hoje, Dia Mundial sem Tabaco, em eventos realizados em parceria pelas secretarias municipal e estadual de Saúde e Hospital Universitário (HU).

Uma dessas ações foi o seminário “Dia Mundial sem Tabaco: viva num ambiente sem cigarro”, que realizou, entre outras abordagens, um debate sobre as leis 9.294/96 e 5.459/05, que regulamentam, em nível federal e municipal, respectivamente, a proibição do fumo em ambientes coletivos e fechados.

Além da coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, Arachele Loureiro, e dos representantes da Covisa municipal, Jean Antonini e Carlos Gonçalves, estiveram presentes no seminário a coordenadora do programa estadual, Vetrúcia Teixeira, o deputado estadual Judson Cabral (autor da lei municipal) e médicos do HU.

De acordo com a coordenadora do Programa de Tratamento e Controle do Tabagismo no HU, Maria Betânia Fernandes, o tabagismo passou a ser uma preocupação mais efetiva para as autoridades de saúde a partir de 1998, quando foi reconhecido como fator causador de dependência.

Segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), cerca de 200 mil trabalhadores morrem a cada ano por estarem expostos à fumaça ambiental do tabaco. No Brasil, 40% dos casos de câncer estão relacionados ao tabagismo.

“Atualmente, já se sabe que o uso do tabaco está associado a diversas doenças e que a pessoa não deixa de fumar apenas com a força de vontade. Por isso, trabalhamos o abandono do fumo não só a partir da conscientização e do uso de medicamentos, mas, principalmente, desmistificando a associação desse hábito a estilo de vida, prazer e bem-estar”, afirmou Maria Betânia.

No Núcleo de Combate ao Tabagismo do hospital, criado há cerca de um ano, existem hoje 60 pacientes em tratamento. A abordagem é feita de forma cognitiva e comportamental e cada paciente é avaliado pelo médico pneumologista do programa. Quando há a necessidade de uma intervenção com medicamentos, estes são disponibilizados pelo Ministério da Saúde, sendo repassados pela Secretaria Municipal de Saúde.

Antecedendo o seminário, os representantes da Covisa municipal – que vêm enfrentando, em cerca de um ano de trabalho educativo e fiscalização, a resistência de empresários à separação de ambientes em estabelecimentos comerciais, a exemplo de restaurantes – colocaram a sinalização proibindo o uso de fumo em boa parte dos ambientes do HU. O mesmo procedimento foi aplicado no PAM Salgadinho e também será levado ao prédio-sede da SMS e às unidades do município.

Fonte: Secom/Maceió

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