Advogado da Gautama estuda pedir anulação de Operação Navalha

O advogado dos funcionários da Gautama, Luiz Fernando Pacheco, afirmou nesta sexta-feira que estuda pedir a anulação da Operação Navalha, da Polícia Federal, que prendeu 48 pessoas envolvidas no esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas.

A Gautama é apontada como cabeça da quadrilha. Segundo Pacheco, uma investigação policial tem que ser conduzida por um delegado de polícia, não por uma ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

"Nossa postura agora é de passividade, vamos esperar a conclusão da investigação, mas o fato pode chegar à anulação da operação", disse o advogado.

Pacheco afirmou ainda que os depoimentos dos acusados à ministra Eliana Calmon, do STJ, não têm fundamento, é um procedimento "estranho". Além disso, segundo o advogado, as medidas judiciais referentes ao caso deveriam ser tomadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), já que alguns envolvidos no esquema de fraudes têm foro privilegiado.

Operação

A Operação Navalha prendeu 48 pessoas acusadas de fraudes em licitações públicas para a realização de obras, como as previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e no Luz Para Todos –ambas do governo federal.

A quadrilha atuava no Distrito Federal e em nove Estados –Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão e São Paulo– infiltrada nos governo federal, estadual e municipal.

Segundo a PF, a quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).

Para obter vantagem nas licitações para obras públicas, a empresa Gautama pagava propina e dava presentes para as autoridades envolvidas.

Todos os presos pela operação já foram liberados, entre eles o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB); o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto; dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) –Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior–; e os prefeitos de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT), e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).

Fonte: Folha

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