Drogarias baixam preços de medicamentos

As farmácias Bompreco e Todo Dia lançam em suas unidades o programa de genéricos até R$ 9,90. A iniciativa consiste na redução do preço ao consumidor de 404 medicamentos genéricos, que passam a ser vendidos ao preço máximo de R$ 9,90. A maior parte dos genéricos que integram o programa é de uso contínuo para o tratamento e controle de diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. O programa não é promocional, mas sim uma ação permanente das farmácias Bompreco e Todo Dia, alinhada à sua missão de vender por menos para que as pessoas vivam melhor.

A iniciativa é fruto de negociações com a indústria e vai permitir que a população tenha mais possibilidade de realizar o tratamento proposto nas receitas médicas, o que muitas vezes não acontece. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o brasileiro gasta 5,41% de sua renda com saúde, sendo que na população de baixa renda, 60% dos gastos são com remédios. Outra pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) revela que mais de 50% da população já teve que abandonar tratamentos médicos por falta de dinheiro para comprar os medicamentos.

O programa acontece nas farmácias da rede (99 no Nordeste, 11 no Sudeste, 5 na região Sul e 1 no Centro-Oeste). As drogarias estão normalmente localizadas em áreas contíguas aos hiper e supermercados. Só não participam do programa as duas farmácias localizadas no Ceará, onde uma determinação judicial estabelece desconto máximo de 15 % nos fármacos. Também não estão incluídas farmácias instaladas nos corredores de serviço que não pertencem à rede varejista.

Redução de preços

Os 404 genéricos do programa incluem antibióticos, antiinflamatórios, diuréticos, anti-hipertensivo, analgésicos, entre outros, e a redução do valor representa um desconto de até 88% em relação ao Preço Máximo ao Consumidor (PMC) do produto de referência. É o caso do Ciprofloxacino 500 mg com seis comprimidos, que será comercializado por R$ 9,90 enquanto o PMC do medicamento de referência é R$ 81,97 (ICMS 17%). Os genéricos contemplados têm PMC entre R$ 37,16 e R$ 3,23 (ICMS 17%). Aqueles que já custavam R$ 9,90 ou menos também terão seus preços reduzidos.

Programa similar foi feito pela empresa nos Estados Unidos e replicado em Porto Rico no final do ano passado, com grande êxito nos dois países. A ação, no Wal-Mart americano, reduziu para US$ 4 o preço de 330 medicamentos genéricos. “A ação nos Estados Unidos serviu de inspiração, mas achamos que este programa tem a cara do Brasil, onde o acesso à assistência médica e ao tratamento é caro e inacessível a boa parte da população”, afirma Carlos Fernandes, vice-presidente da divisão de Especialidades do Wal-Mart Brasil, da qual faz parte a área de farmácias. “Acreditamos em nossa missão de colaborar para a qualidade de vida da população e a saúde é um fator essencial para o bem-estar do indivíduo”.

O programa de genéricos a US$ 4, em três meses, reduziu o custo com saúde de consumidores, funcionários do Wal-Mart e programas governamentais nos Estados Unidos em mais de US$ 350 milhões.

Alguns medicamentos:

Anti Hipertensivo – Capoten com princípio ativo Captopril 50 mg – 30 cprm custa R$ 74,12 preço integral. Como genérico R$ 30,54. No programa Genérico -R$ 9,90.

Antibiótico – Cipro com princípio ativo Ciprofloxacino 500 mg – 06 cprm custa R$ 81,97. Como genérico R$ 31,64.No programa Genérico R$ 9,90.

Anti Hipertensivo – Co-Renitec com princípio ativo Enalapril + Hidroclorotiazida 20 mg / 12,5 mg custa R$ 69,60. Como genérico R$ 26,53. No programa Genérico R$ 9,90.

Anti Diabético – Glifage com princípio ativo Metformina 500 mg – 30 cprm custa R$ 11,69. Como genérico R$ 6,98. No programa Genérico R$ 2,90.

Mercado brasileiro

No Brasil, o genérico tem cerca de 12% de participação no mercado de medicamentos em volume de vendas. O número é maior nas regiões Sul e Sudeste do País (cerca de 13%) e menor no Nordeste (9,7%) e Centro-Oeste (8%). Em países mais desenvolvidos a penetração de genéricos é maior, com 35% nos Estados Unidos, 34% no Reino Unido e 29% na Alemanha.

Mesmo ainda tímido no Brasil, o segmento apresenta crescimento significativo no País: 20% considerando o faturamento em 2006, ante 7% da indústria de remédios em geral. A indústria de genéricos movimentou mais de US$ 1 bilhão no ano passado.

Eficácia

O governo tem um forte controle de qualidade dos genéricos. Só podem utilizar o título “genérico” e a tarja amarela de identificação na caixa os medicamentos que passarem no teste de bioequivalência (que garante que a composição do produto é idêntica ao medicamento de referência) e de biodisponibilidade (que garante que o genérico é absorvido na mesma concentração e velocidade que os correspondentes de referência).

“A ação do Wal-Mart é perene, pois não se trata de campanha ou descontos promocionais. É um compromisso de contribuir para facilitar o acesso da população aos medicamentos e, assim viabilizar o tratamento”, avalia Fernandes. Além da redução do preço, o cliente pode também parcelar a compra utilizando o cartão de crédito Hipercard. Nas drogarias do Sudeste e Sul, são aceitas também os demais cartões de crédito.

Fonte: Assessoria

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