Valdir Raupp se dispõe a relatar caso Renan

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO), um dos principais defensores do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se colocou à disposição do Conselho de Ética da Casa para assumir a relatoria do processo contra Renan.

O presidente do Senado é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso –com quem tem uma filha.

Dois senadores do grupo aliado já passaram pela relatoria: Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Wellington Salgado (PMDB-MG).

Cafeteira, que na sexta passada ameaçou renunciar à relatoria se a votação do relatório que sugere o arquivamento do caso fosse adiada, pediu afastamento do posto na segunda-feira por dez dias alegando problemas de saúde. Ontem, menos de 24 horas depois de assumir a relatoria, Salgado deixou a relatoria contrariado com o novo adiamento da votação do relatório.

Hoje, o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), se reúne com uma comissão de seis senadores do órgão para definir um cronograma de trabalho. Entre os assuntos que serão discutidos na reunião está o depoimento de Renan ao conselho.

O senador se ofereceu para prestar depoimento com o objetivo de se defender das denúncias envolvendo a Mendes Júnior e suas transações financeiras. Segundo Sibá, o grupo vai decidir se Renan será ouvido antes ou depois da conclusão de nova perícia que a Polícia Federal deve realizar em documentos encaminhados por Renan.

O presidente do conselho também pediu que o senador encaminhe novos documentos para análise, caso ainda queira comprovar parte de suas movimentações.

Os senadores do conselho ainda vão discutir os questionamentos a serem feitos para Renan no dia do depoimento. "Temos que apresentar um elenco de perguntas que devem ser apresentadas previamente para o presidente do Senado se preparar para responder", disse Sibá.

Ações

A ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) disse que seu partido já preparou duas ações para garantir os "procedimentos investigatórios" do caso Renan.

A idéia do PSOL, segundo Heloísa, é, se o conselho sepultar as investigações, recorrer ao Ministério Público e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

"Um dia a lama pode se tornar areia movediça e levá-los para longe", disse a ex-senadora, ao se referir aos que tentam impedir o aprofundamento das investigações no Congresso.

Fonte: Folha Online

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