“Alagoas recebe segurança de segunda categoria”, diz Sá Rocha

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

O secretário de Defesa Social, general Edson Sá Rocha, declarou – de forma inesperada – em entrevista a imprensa que o Estado de Alagoas possui uma “segurança pública de segunda categoria”. A afirmação assusta, principalmente por vir da autoridade maior da segurança do Estado, mas o próprio Sá Rocha justifica: “historicamente Alagoas sempre pagou mal aos seus policiais e isto é conseqüência”, colocou.

Quanto aos recentes resgates de presos ocorridos em Maceió (no 8° Distrito Policial) e em Arapiraca, o general Sá Rocha disse que a “precariedade das delegacias não pode ser desculpa para o que, no mínimo, é negligência dos policiais”. Para Sá Rocha, tanto na capital quanto em Arapiraca houve falha humana na vigilância e na escolta de presos.

“Precariedade não justifica as fugas. Uma coisa não pode ser justificativa para outra. Está tudo sendo apurado e no mínimo houve negligência”, colocou. Sá Rocha disse que o afastamento do delegado do 8° DP, Claudemiltson Benemarckan se mantém. “Não quero dizer que com isto há punição e conivência. Quem vai dizer isto é a investigação, que deve constatar o conluio ou isentar os policiais e o delegado de culpa”, frisou.

Para Sá Rocha, o Grupo de Gestão Integrada (GGI), que tem mais uma reunião na manhã de hoje, deve ajudar a enfrentar a crise crônica da Segurança Pública em Alagoas. Na reunião passada ficou decidida medidas para já desativar o Presídio Rubens Quintella e compensar a superlotação das demais unidades prisionais – que é suportável, na visão de Sá Rocha – com o aumento de vigilância. “É preciso equilibrar o sistema”, colocou o secretário de Defesa Social.

No mesmo momento em que Sá Rocha dava declarações polêmicas sobre o Estado de Alagoas, um grupo de agentes da Polícia Civil, sob o comando do Sindicato dos Policiais Civil de Alagoas, se manifestava na porta do Palácio República dos Palmares em busca de melhores salários, reconhecidamente precários pelo secretário de Defesa Social.

Os sindicalistas afirmam que a categoria garantiu na Justiça correção salarial de 100,68% de inflação (período de 1998 a 2006); “além disso, a categoria teria sofrido aumento da carga de 30 para 40 horas semanais sem receber reajuste salarial. As datas-bases de 2004 e 2006 não foram cumpridas; e a de 2007 vencerá em 1° de agosto, de acordo com o presidente do Sindpol, Carlos Jorge.

Os policiais, no entanto, afirmaram que não querem a greve e esperam uma sinalização do Governo do Estado para seguir com as negociações.

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