O Cristo Redentor, de braços abertos para a Guanabara e para o Brasil inteiro, não deixa dúvida: com todos os seus problemas – e não são poucos – este país é mesmo uma maravilha! Abençoado por Deus e bonito por natureza… E se o nosso principal monumento foi reconhecido, com toda justiça, como um dos sete mais espetaculares do mundo, a 15ª edição dos Jogos Pan-Americanos levanta ainda mais a estrela do Brasil e deixa claro nosso enorme potencial para o turismo.
O Brasil é o país do futebol e, com o Pan, vira também o país do vôlei, do basquete, do atletismo, do handebol, da ginástica olímpica, do judô, da vela, da canoagem, da natação… Até 29 de julho, 5.662 atletas de 42 países superam seus limites em quadras, pistas, campos e piscinas. O maior evento internacional no país desde a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, deve trazer mais de 500 mil turistas para o Rio de Janeiro, valorizar nossa imagem no exterior e impulsionar um dos setores mais estratégicos da economia.
Um setor que pode – e precisa – crescer muito mais do que o que tem crescido. Não dá para aceitar que um país com tantos encantos naturais e com a riqueza cultural do Brasil esteja hoje no 37º lugar no ranking internacional de turismo. Até a Bulgária recebe mais turistas estrangeiros que o Brasil. Nossa meta, para 2010, é receber 9 milhões de turistas estrangeiros e faturar 8 bilhões de dólares com turismo. Para isso, temos que fazer a lição de casa e investir em segurança pública, meio-ambiente e infra-estrutura.
Nunca é demais lembrar que o turismo movimenta dezenas de setores da economia – hotéis, restaurantes, bares, transporte, centros culturais etc – e tem uma capacidade ímpar de geração de renda e emprego. Com a visibilidade dos Jogos Pan Americanos e a eleição do Cristo Redentor como uma das sete maravilhas do mundo moderno, a expectativa da promoção da “Marca Brasil” no exterior não poderia ser melhor. O Pan prova, ainda, que estamos preparados para promover eventos de grande porte e que temos todas as condições para sediar a Copa do Mundo de 2014.
Mas o Pan não traz apenas a promessa do estímulo ao turismo. O evento gerou empregos, capacitou mão-de-obra, conscientizou milhares de jovens para a importância do esporte, multiplicou projetos sociais que transformaram moradores de comunidades carentes em especialistas em primeiros socorros e guias turísticos. A segurança pública também saiu ganhando. Não há como negar que a atuação da Força Nacional trouxe outro cenário para o Rio e que a cidade também saiu lucrando com mais investimentos em capacitação policial e novos equipamentos.
Eu tive a honra de estar na cerimônia de revezamento da tocha olímpica, no Palácio do Planalto, em Brasília, quando os atletas Gustavo Borges, da natação, e a Sandra, do voleibol, receberam a pira do presidente Luis Inácio Lula da Silva e correram pela cidade contagiando a população com o clima dos Jogos Pan-Americanos. A magia do esporte renova nossa crença na capacidade do Brasil se tornar a grande potência que merece ser. Que o Cristo Redentor, com toda sua maravilha, olhe por nós.
