O presidente do sindicato dos Médicos, Wellington Galvão anunciou – na manhã de hoje – que a categoria realizará um ato público e uma carreata no domingo. A concentração será às 10 horas de amanhã em frente ao Hotel Ponta Verde.
De acordo com Galvão, os médicos querem mostrar a sociedade que o Governo do Estado de Alagoas “transformou uma reivindicação justa em uma quebra de braço”. “É a primeira vez na história que houve o confisco dos salários devido a greve. Não se fez isto com nenhuma outra categoria”, destacou.
Os sindicalistas devem ainda sair em carreata – com veículos plotados – pela orla de Maceió. Nos últimos dias, o sindicato tem colocado outdoors pela cidade com fotografias mostrando a situação precária das unidades hospitalares do Estado. Nas peças de propaganda é possível ler: “Governador: ilegal é o povo sem saúde”.
Os médicos cobram um reajuste de 50%. O Governo do Estado, por sua vez, diz que o aumento pedido é fora da realidade e fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os sindicalistas – que tiveram acesso aos números – dizem ter encontrado uma forma de que seja dado o reajuste sem impacto aos cofres públicos.
O impasse gerou inclusive ameaça de demissão coletiva, que foi adiada porque o Ministério Público entrou no meio da discussão e prometem intervir. Galvão destaca que o MP tem trabalhado, mas destaca que “a postura do Governo do Estado de Alagoas tem sido injusta”.
Os médicos adiaram a demissão coletiva para a próxima quinta-feira, dia 18 de julho, caso o impasse continue.
No ato e na carreata de amanhã, os médicos pretendem reunir 2 mil sindicalistas na orla de Maceió.
