Sim, nós temos banana, maçã, uva, pêra, jabuticaba, pitanga, guaraná, açaí, graviola, caju, limão, laranja… Pero Vaz de Caminha tinha razão. Nesta terra, em se plantando, tudo dá. Com uma condição climática para lá de favorável, grandes extensões de terras férteis e abundância de água, o Brasil possui a melhor combinação natural mundial para a fruticultura tropical.
É verdade que somos o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás apenas da Índia e da China – produzimos cerca de 40 milhões de toneladas todos os anos. Mas é também verdade que estamos muito aquém de nossas potencialidades. Queremos – e podemos ter – a liderança mundial no setor.
Defender a melhoria da qualidade, o aumento do consumo, da produção e da exportação de nossas frutas é dever de qualquer cidadão preocupado com o desenvolvimento do Brasil. É uma luta que me orgulho de encampar. O setor gera cerca de seis milhões de empregos diretos – quase 30 % da mão-de-obra agrícola – e tem potencial para duplicar de tamanho em médio prazo.
No entanto, o consumo per capita de frutas dos brasileiros é de apenas 57 quilos por ano – os italianos, por exemplo, consomem cerca de 114 quilos por ano; os espanhóis, 120 quilos. Por que não incentivar o uso de fruta na merenda escolar e na cesta básica? Ou substituir o refrigerante do fim-de-semana por um suco de frutas tropicais? O aumento do consumo interno significa mais saúde e qualidade de vida para o consumidor, mais renda para o produtor, emprego e desenvolvimento para o país.
No mercado internacional, nossas frutas despertam o maior interesse. Mas não é fácil atender aos padrões internacionais de qualidade do alimento – grandes compradores como União Européia e Estados Unidos exigem, inclusive, que a produção seja livre de tecnologias agressivas à saúde humana e ao meio-ambiente.
Estimular parcerias entre produtores e setor público, reduzir a carga tributária, apostar em programas de irrigação e na melhoria da infra-estrutura – desde o plantio e colheita ao armazenamento e escoamento da produção -, liberar linhas de crédito especiais, investir em novas tecnologias e incentivar o consumo de alimentos orgânicos são algumas das iniciativas fundamentais para fomentar o setor.
O Congresso Nacional está fazendo sua parte. A Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira conta com mais de 200 deputados e senadores dispostos a trabalhar com afinco para viabilizar a liderança mundial da nossa fruticultura. Vamos colocar mais frutas em nossa mesa e vamos multiplicar nossas exportações. É gostoso, é saudável e é um impulso a mais para o crescimento do Brasil – a terra onde se plantando, tudo dá.
