Sem-terra usaram até a cama de Olavo Calheiros

A desordem no campo em Alagoas está sendo agravada pela falta de autoridade do poder público, uma das heranças negativas que o governador Téo Vilela (PSDB) recebeu e que, na opinião do ex-deputado federal José Thomaz Nonô, pesa contra o atual governo. A invasão da fazenda Boa Vista, pertencente ao deputado federal Olavo Calheiros (PMDB), é o exemplo da falência do estado com a falta de autoridade para coibir os abusos.

Localizada em Murici, a fazenda é produtiva e o deputado Olavo Calheiros não entendeu a invasão; seu irmão, o senador Renan Calheiros, vê na invasão um ato político e cobrou do governo do Estado “pulso firme” no combate aos abusos dos sem-terra. Ainda que reconheça que a questão fundiária no País precisa ser resolvida urgentemente, o senador discorda dos métodos utilizados pelos sem-terra em Alagoas.

Um funcionário da fazenda Boa Vista informou que os sem-terra ocuparam a casa-grande, se alojaram no quarto do deputado Olavo Calheiros, e que mataram onze bois, causando prejuízo ainda incalculável para o proprietário. A invasão da fazenda Boa Vista foi considerada ato político e demonstra que os sem-terra em Alagoas estão sendo utilizados para atos diferentes do objetivo do movimento – que é ocupar terras improdutivas.

Vandalismo

A luta do movimento, pela reforma agrária, é justa e essencial, mas tentar apedrejar prédios públicos ou privados, a exemplo do que foi feito na Prefeitura de Murici e na porta da indústria Schincariol, também no município, tira a característica legítima e foge da proposta do movimento.

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