Reunião com trabalhadores rurais é suspensa

Sionelly Leite/Alagoas24horasPoliciais militares aguardam determinação do comando para reintegração de posse

Policiais militares aguardam determinação do comando para reintegração de posse

O comando-geral da Polícia Militar foi suspendeu agora há pouco a reunião entre representantes dos quatro movimentos de trabalhadores rurais, MST, MLST, CPT e MTL, representantes de direitos humanos e da CUT, que discute a desocupação da Fazenda Boa Vista, em Murici, pertencente ao deputado federal Olavo Calheiros (PMDB).

As negociações deverão ser retomadas a partir das 14h, na sede do comando. Segundo o coronel Robson, que comanda as negociações, a expectativa é de que os sem-terra deixem a fazenda, ocupada desde a última terça-feira, ainda na tarde hoje, sem a utilização da força.

Nesta quinta-feira, o juiz José Lopes Netto, da Comarca de União dos Palmares, determinou a desocupação da área no prazo máximo de 24 horas e desde então as negociações se intensificaram.

A equipe de reportagem do Alagoas24horas passou a manhã na porta da Fazenda Boa Vista, uma vez que os cerca de 600 sem-terra impediram o acesso da imprensa à sede da fazenda. Na tarde de ontem, funcionários da Companhia de Energia Elétrica foram impedidos de cortar o fornecimento de eletricidade.

Neste momento, apenas três policiais militares, comandados pelo capitão Casado, do Centro de Gerenciamento de Crises, se encontram no local, intermediando as negociações.

O clima é tenso entre o sem-terra, que exigem a distribuição de alimentos e que segundo informações extra-oficiais já teriam matado seis bois do rebanho do deputado federal do PMDB. As poucas pessoas que tiveram acesso à casa grande afirmam que o local está bastante sujo.

O capitão Casado informou, ainda, que o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho já teria entrado em contato com integrantes do Incra em Alagoas para discutir a pauta de reivindicação dos sem-terra.

Segundo um dos coordenadores do MLST, Josival Oliveira, os trabalhadores rurais acampados na fazenda só desocuparão o local depois que as autoridades competentes nomearem um interventor para apurar as denúncias de grilagem de terra contra a família Calheiros, em Murici.

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