Policiais grevistas fecham bomba de combustível da instituição

Sionelly Leite/Alagoas24horasAnúncio da greve preocupa população

Anúncio da greve preocupa população

Como já é de praxe durante os períodos de greve dos agentes da Polícia Civil de Alagoas, a bomba de combustível da instituição – localizada no Jacintinho, próximo ao 9° Distrito Policial – foi fechada na manhã de hoje, pelos sindicalistas. O objetivo é não permitir o abastecimento das viaturas para reforçar a mobilização.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindipol), já foi entregue ao Governo do Estado uma pauta com 23 itens, entre eles melhorias de condições de trabalho, reposição salarial de mais de 100% (relativos a perdas acumuladas desde 1998) e a transferência de presos das delegacias para o sistema prisional do Estado.

Conforme o diretor do sindicato, José Carlos, no dia de hoje ninguém abastece. “A bomba de combustível é o nosso trunfo. Como é tradição, foi fechada e ninguém vai abastecer viatura”, colocou. Sobre os flagrantes no período de greve, o policial civil destacou que os delegados não se encontram paralisados e podem fazer os boletins de ocorrência.

Durante a madrugada, as Delegacias de Plantão já funcionaram de forma precária por conta do movimento grevista. Algumas sequer registraram ocorrências. “A classe está mobilizada e precisamos brigar por um salário que permita tocar a vida com dignidade. A classe policial possui uma visão política definida e estamos todos envolvidos”, destacou José Carlos.

O sindicalista fez duras críticas ao governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB). De acordo com ele, “falta habilidade de Vilela para estar à frente do Executivo. Ele não busca negociar pessoalmente”. Os sindicalistas já se reuniram com o secretário de Defesa Social, general Sá Rocha; com o ouvidor-geral, Claudionor Araújo e o secretário de Administração, Adriano Soares.

De acordo com o Sindipol, o Governo do Estado tem oferecido 5% de aumento salarial. “A proposta é ridícula”, rebate José Carlos. A greve é por tempo indeterminado e foi decretada em Assembléia Geral da categoria.

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