‘Em 2022, Alagoas terá os índices do Brasil’, diz Adriano Soares

O secretário estadual de Administração, Adriano Soares, voltou a falar – na manhã de hoje – da situação caótica das contas do Estado de Alagoas. De acordo com o secretário, o governador Teotonio Vilela Filho “está roendo um osso” deixado pelos antecessores. Para Soares, o momento é de dor, mas “se enganam aqueles que pensam que o Governo está parado”.

Soares comparou os números encontrados pelo Governo do Estado – mesmo sem citá-los – aos índices de países africano e resumiu a situação dizendo que “o serviço público no Estado é de segunda categoria e que Alagoas está no quinto mundo”. No entanto, apesar das afirmações pesadas se mostrou otimista.

Conforme Adriano Soares, se o Governo do Estado seguir a risca os planos traçados para retirar Alagoas do caos, o Estado vai chegar aos índices da maioria das unidades federativas do Brasil em 2022. “Estamos 15 anos atrasados. Pegamos um Estado desaparelhado”, colocou o secretário.

“Está todo mundo empenhado neste processo de tirar Alagoas do caos. A segurança está se aparelhando. O próprio André Valente (secretário estadual de Saúde) tem sido um secretário com visão de futuro. Enfim, o Estado não está parado. Apenas, estava uma bagunça e começamos a organizar a casa para trazer investimentos”, salientou Adriano Soares.

O secretário definiu ainda como grandes problemas enfrentados pelo Estado de Alagoas o analfabetismo e a grande maioria dos alagoanos que se encontram na linha da miséria absoluta. “Temos que reverter este quadro. O Estado de Alagoas está quebrado. Se vier indústria não tem sequer mão de obra qualificada. Então, tem que haver primeiro uma reestruturação”.

Soares não deu prazo para que Alagoas saia da crise financeira e política que se encontra hoje, mas deixou claro que não há condições sequer de realizar concursos públicos nos próximos meses. “Nós estamos totalmente comprometido com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, destacou. O único concurso público em vista é da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal) por exigência do Governo Federal para tirar Alagoas da zona de risco da febre aftosa.

“É claro que precisamos investir, mas agora não podemos. Não temos como. Alagoas deve a Deus e ao mundo. O sistema de pagamento do funcionalismo público é uma esculhambação. Nosso controle de folha de pagamento praticamente não existe. Esta é a situação que encontramos”, frisou.

Soares classificou ainda movimentos grevistas, como o da Polícia Civil, de “tática política já pensando nas próximas eleições municipais”.

Adriano Soares ressaltou que o Governo do Estado não conseguirá atender as reivindicações da Polícia Civil de Alagoas. Indagado sobre se já havia identificado estes problemas quando foi secretário de Administração da administração do ex-governador Ronaldo Lessa, Adriano Soares defendeu Lessa. “Não personalizo as críticas. Sei o quanto o Ronaldo Lessa trabalhou por Alagoas”.

“Nos primeiros quatro anos do governo de Ronaldo Lessa o Estado de Alagoas foi posto em ordem. Depois é que desandou. Os três primeiros anos daquela gestão foi de ajuste fiscal forte. No segundo mandato, por razões que não cabe a mim investigar, a coisa desandou. Você vê pelos números e eles não mentem. Houve uma desestruturação econômica. O Estado não se programou para o futuro”, finalizou Adriano Soares.

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