O atendimento telefônico do INSS passará a ser feito exclusivamente pela Central 135, a partir de 1º de setembro. Ontem, um dia depois da denúncia do vazamento de dados de segurados por atendentes do PrevFone (0800-7280191), que seriam pagos para informar a financeiras que fraudavam empréstimos, o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, anunciou medidas para conseguir blindar o sistema.
Entre elas, estão o fim do Prevfone (criado no governo Fernando Henrique Cardoso), a proibição da entrada de celulares, canetas, lápis e papéis nas áreas de trabalho dos operadores da central, gravação de som e vídeo, além da supervisão por servidores do INSS. “Estamos enterrando o Prevfone, que só vai funcionar até 31 de agosto”, disse Marinho.
Segundo ele, o ministério tomou todas as providências para a investigação das fraudes, iniciada em abril — embora somente na semana passada tenha efetuado a comunicação ao Ministério da Justiça, ao Ministério Público Federal e à Corregedoria-Geral da União.
Há 56 empréstimos suspeitos e 11 pessoas sob investigação da Polícia Federal. Os casos envolvem dois bancos. “Serão descobertos os fraudadores, que vão para a cadeia”, avisou Marinho.
Os novos contratos prevêem maior segurança, aumento da capacidade de 7 milhões para 10 milhões de chamadas por mês e preço mais vantajoso (de R$ 0,10 para R$ 0,06 por ligação), mas o serviço ficará restrito ao período das 7h às 22h, de segunda-feira a sábado. Hoje, está disponível por 24 horas — as fraudes aconteceram de madrugada.
O caso denunciado era do Banco Cruzeiro do Sul, que já devolveu ao segurado os R$ 2.255,08. O INSS agora cobra juros e correção.
