Um congestionamento quilométrico, que dura mais de quatro horas, está tirando a população que utiliza a AL 101-Sul do sério. O trânsito nas duas vias da Avenida Assis Chateubreand foi interrompido desde o início da manhã de hoje por taxistas que protestam contra o aumento abusivo do GNV em Alagoas.
Os organizadores do protesto afirmam que o trânsito está sendo liberado aos poucos, “sempre que o congestionamento está insustentável nós liberamos um pouco para não prejudicar ainda mais os motoristas”, disse Cícero França, uma das lideranças dos taxistas, pouco antes de se envolver numa discussão com motoristas revoltados.
O clima ficou bastante tenso na barreira dos taxistas, quando motoristas cansados de esperar partiram para a agressão contra os manifestantes. Policiais militares foram acionados para tentar conter os motoristas e conseguiram convencer os taxistas a liberarem parte do trânsito, o que está sendo feito a “conta-gotas”.
Preso no congestionamento há aproximadamente quatro horas, o motorista Janio Castro, vinha do município de Coruripe para uma consulta médica em Maceió, mas acabou perdendo por causa do protesto. “A população acaba sofrendo as conseqüências dessa desordem que está o Governo de Alagoas. Nós não agüentamos mais, sempre que se protesta contra qualquer coisa os manifestantes fecham ruas, rodovias e dificulta a vida de todo mundo”, ressaltou.
Com duas horas de espera, o transportador rodoviário da viação Real Alagoas que faz a linha Massagueira, Ricardo Rocha, também reclama da demora e afirma que a situação do Estado é um desrespeito com a sociedade alagoana.
Devido o bloqueio, muitos passageiros não agüentaram esperar, desceram do ônibus e foram a pé para o povoado Barra Nova, município de Marechal Deodoro.
Enquanto o protesto continua, em vários pontos da cidade, como Cambona, Centro e Fernandes Lima, representantes da Secretaria da Fazenda, Algás, Sindicombustíveis e Sintaxi estão reunidos, na sede da Sefaz para discutir possíveis acordos sobre a diminuição do preço do GNV.
“Até o momento a proposta que nos chegou foi de redução de R$ 0,10 no preço do gás, proposta pouco satisfatório para a categoria. Outras propostas deverão ser apresentadas pelo Governo e pela Algás até o final da reunião. Nos próximos 15 dias estaremos nos reunindo novamente para decidir se aceitamos ou não as propostas e como deveremos proceder”, afirmou Cícero França.
“Aproveitamos para pedir desculpas a população pelo transtorno, mas sabemos que é um mal necessário, já que estamos lutando para que em breve o gás de cozinha também não sofra aumento”, completou.
Crédito: Alagoas24horas
Crédito: Alagoas24horas
