Tem algo errado com a Saúde em Alagoas

Alagoas24horasSaúde está grafado de forma errada na Secretaria de Saúde

Saúde está grafado de forma errada na Secretaria de Saúde

A bancada do auditório da secretaria mostra que tem algo errado com a Saúde em Alagoas. No móvel, o acento da palavra está na letra errada, mas para a população, a situação é ainda mais grave. Nesta segunda-feira, 16 médicos – hematologistas e neurocirurgiões – deixaram de trabalhar, aumentando ainda mais a crise na Saúde.

Quem procurou o Hemocentro de Alagoas no início da manhã encontrou o ambulatório fechado. A única médica que não pediu demissão começou a realizar os atendimentos no meio da manhã e, para dar conta dos casos mais graves, a direção do hemocentro está atendendo somente casos de urgência.

Nesta segunda-feira, o secretário de Saúde, André Valente, disse à imprensa que foram atendidos cinco casos graves, entre eles, de um bebê recém nascido, que teve a hemofilia detectada. No entanto, a direção do Hemoal afirmou dias antes que os cinco hematologistas plantonistas atendiam cerca de 70 pessoas diariamente – o que mostra que apenas 7,1% da população conseguiu ser atendida.

Na Unidade de Emergência Armando Lages, uma equipe de Bombeiros militares foi reforçar o plantão, que também contou com um neurocirurgião militar. Já na Unidade de Emergência do Agreste, não havia o especialista em neurocirurgia, por isso os casos de traumatismo craniano do agreste e sertão tiveram que ser encaminhados para Maceió – o que aumenta o risco de morte desses pacientes.

Hoje, a população não sabe mais para quem pedir socorro. De um lado, os médicos lutam por um reajuste salarial – os profissionais ganham pouco mais de mil reais por mês e pedem o reajuste de 50% – o que daria cerca de R$ 500, enquanto que o piso nacional da categoria beira os R$ 3 mil, três vezes mais que o salário dos médicos hoje.

Já do outro lado, o Governo diz que não pode ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. O secretário de Saúde, André Valente, até assume que os salários são baixos, mas afirma que, o Governo tem o dever de não deixar a população sem assistência e, por isso, lembra que a greve foi considerada ilegal e que os médicos precisam retornar ao trabalho.

No meio disso, está a população – com ambulatórios fechados (apenas o Assis Chateaubriand, no Tabuleiro do Martins está atendendo, com médicos militares); falta de hematologistas; falta de neurocirurgiões; e o mais grave, o sentimento da população é que há muito tempo essa crise deixou de ser apenas uma briga entre Governo e sindicato – infelizmente, hoje qualquer um pode precisar de um atendimento de urgência e corre o sério risco de não ter.

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