Renan descarta pedir impugnação de laudo da PF

Agência SenadoDepois do impasse a decisão: sessão do caso Renan será secreta

Depois do impasse a decisão: sessão do caso Renan será secreta

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira que decidiu não pedir a impugnação do laudo da Perícia Federal em seus documentos por considerar importante as investigações da PF para a democracia brasileira. Ao discursar no plenário do Senado para apenas quatro parlamentares na manhã de hoje, Renan também agradeceu o apoio de amigos e familiares para enfrentar as acusações a que responde no Conselho de Ética da Casa.

Renan disse que, ao decidir prestar depoimento ontem aos relatores do Conselho de Ética, mostrou que não estava disposto a pedir a impugnação do laudo da PF. "Abreviei, como todos sabem, em muito, o prazo de dez dias que teria para impugnar, se entendesse necessário –e não é necessário–, o laudo técnico da Polícia Federal. Eu, como ex-ministro da Justiça, conheço de perto a seriedade, a isenção e a competência da Polícia Federal", afirmou.

O presidente do Senado reiterou que vem atuando com "absoluta transparência" para apresentar sua defesa nos três processos a que responde no Conselho de Ética. "Colaboro para que a verdade se torne visível e trato com especial deferência não apenas o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, mas também os senadores, as senadoras e a própria instituição que tenho a honra, o prazer e o privilégio de presidir."

Renan agradeceu, no discurso, o regime democrático brasileiro –uma vez que considera que só está sendo possível apresentar sua versão dos fatos em conseqüência da liberdade estabelecida pelo sistema político nacional. "Sou, por convicção, um democrata. Acredito mesmo na democracia, compreendo o papel da democracia e sempre lutei por ela, até mesmo quando me sinto vítima de seus excessos. E entendo que o antídoto para os eventuais excessos da democracia está exatamente em mais democracia."

Agradecimento

No discurso, Renan agradeceu à sua família, amigos e aos senadores que vêm lhe prestando apoio desde o início das denúncias. "Sou reconhecido à sincera força que venho recebendo da minha família, de meus colegas senadores e senadoras, de meus amigos e amigas em toda parte. A este gesto só poderei agradecer com o respeito e amizade duradoura. Já disse aqui e queria repetir: Na vida, o efetivo é o afeto", encerrou.

O presidente do Senado prestou nesta quinta-feira depoimento ao Conselho de Ética da Casa para explicar inconsistências apontadas pela perícia da PF em seus documentos. Renan é acusado de usar recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso –com quem tem uma filha fora do casamento.

O senador não convenceu os relatores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) de ter recursos suficientes para arcar com as despesas da jornalista. Os dois senadores têm dúvidas sobre a evolução patrimonial de Renan que, segundo eles, não foram sanadas com as explicações do peemedebista.

O terceiro relator do caso, senador Almeida Lima (PMDB-SE), foi o único que considerou o depoimento de Renan suficiente para comprovar sua inocência. Lima é um dos principais aliados de Renan no Senado e já adiantou que, em seu relatório, vai defender a absolvição do senador.

Fonte: Agência Senado

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