Eleições 2008: Almeida pode marchar sem apoios importantes

Luis VilarCícero Almeida: 'O povo sabe quem é quem'

Cícero Almeida: ‘O povo sabe quem é quem’

O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), ainda comemora sua grande aprovação popular mostradas nas recentes pesquisas. Tanto é assim que vive – em seus discursos mais recentes – a desafiar os grupos adversários que devem polarizar a eleição 2008 com ele. Entre estes grupos, está o do PSB, que pode indicar para cabeça da chapa o deputado estadual Alberto Sextafeira ou o atual secretário de Ciência e Tecnologia, Kátia Born.

No entanto, Almeida tem tido alguns baques políticos preocupantes nos últimos meses. Candidato à reeleição declaro – sempre fez questão de frisar isto – o prefeito de Maceió pode não conseguir a aliança com o Partido dos Trabalhadores, que pode lançar nomes para cabeça de chapa, como os dos deputados estaduais Paulo Fernando dos Santos, o Paulão e Judson Cabral.

Como se não bastasse, o PTB que antes o abrigava na legenda com o apoio incondicional do ex-deputado federal e empresário João Lyra deve também entrar na disputa pela Prefeitura de Maceió, com o apoio do senador Fernando Collor de Mello e do deputado federal Augusto Farias.

Na sexta-feira, durante um evento da Prefeitura, Almeida confirmou o “não entendimento” com o PTB para firmar a aliança rumo a sua reeleição. Porém, o prefeito de Maceió frisou – em entrevista a repórter da Tribuna Independente, Danielle Mendonça – que a relação com o presidente estadual da legenda, João Lyra, continua “a melhor possível”.

Amigos, amigos; parceiros, parceiros; mas política à parte. Parece que este vem sendo o relacionamento de Almeida, que faz questão de frisar o empenho que teve o empresário, quando era membro do Câmara dos Deputados, para trazer recursos para Maceió. O distanciamento entre os dois já foi cogitado pela imprensa várias vezes, até mesmo na idade de Cícero Almeida para o PP a convite do atual deputado federal Benedito de Lira, até então o nome mais importante da legenda em Alagoas e um dos destaques do Partido Progressista no âmbito nacional.

Na época, Almeida já dizia que a mudança se deu pensando em Maceió e nos recursos que poderia angariar do Ministério das Cidades do Governo Lula, cuja pasta pertence ao PP. O PTB deu sinais de que lançaria candidato próprio por meio das declarações do deputado federal Augusto Farias.

O parlamentar foi enfático sobre isto. Para Almeida, o partido, no caso os petebistas, possuem liberdade e direito para fazer isto. O prefeito de Maceió disse ainda que manteve contato com Fernando Collor e que este também confirmou que o PTB lançaria candidato próprio. “Que venha o candidato do PTB”, destacou Almeida, que hoje enfrenta dois graves problemas na administração municipal: o rombo na Secretaria de Finanças, devido senhas distribuídas de forma indevida; e a ameaça da perda de verbas federais na pasta da Assistência Social, por ausência de prestação de contas.

Cícero Almeida diz que sua administração é transparente e que – em nenhum dos casos haverá “pizza”. O rombo da Finanças vem sendo investigado pela Câmara Municipal de Maceió. O caso da Assistência Social, de acordo com o prefeito, em breve será contornado e que muito do “caos” se deve a gestão passada que – ainda segundo ele – apagou arquivos e não prestou contas dos anos de 2002, 2003 e 2004. Almeida assume que sua gestão também errou, mas diz que “todos aqueles que cometeram erros foram afastados e estão sendo investigados pelo Ministério Público”.

Na manhã de ontem, fato já noticiado pelo Alagoas 24 Horas, Cícero Almeida ainda alertou o Governo Estadual para o fato de que as pessoas afastadas de sua gestão por irregularidade estavam assumindo cargos dentro da administração do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O prefeito evitou citar nomes. Quanto a analise do cenário político, Almeida destacou em entrevista a Tribuna Independente: “Só vou tratar realmente de política e de eleição depois do carnaval, até lá tudo é polêmica, quem quiser falar, fale; quem quiser discutir, discuta; quem quiser se organizar, se organize. Eu só quero dizer que sou candidato à reeleição”, concluiu.

Porém, o prefeito não está tão distante das discussões assim. Na quinzena passada, ele quis integrar o Partido dos Trabalhadores em sua administração, sondando nome de petistas – conforme informações de bastidores – para assumir a Secretaria de Educação. O PT não aceitou a aliança. Sobre os possíveis adversários, Almeida diz que a sociedade alagoana sabe quem é cada um deles e que todos são identificados pelo nosso povo. “Eu não tenho preocupação porque o povo alagoano já tem o discernimento de saber quem é quem nesse Estado”, afirmou cheio de segurança.

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