Acima das pressões políticas

A cada dia, fica mais evidente o intolerável: a natureza do processo movido contra o mais alto presidente do Senado é absolutamente política. Assim como é de cunho puramente político toda a campanha – irresponsável, mentirosa, leviana – que deu origem a tal processo.

Se um caso pessoal, até então restrito à Vara de Família, foi transformado em crise política e institucional por adversários rancorosos, mais grave é o fato de que alguns se deixem influenciar por setores levianos da imprensa ou se deixem conduzir por interesses políticos inconfessáveis.

Exigi, desde o início, amplo direito de defesa. Exigi um processo sério, legal. E assim como não aceitaria ser julgado em rito sumário, não teria a indignidade de constranger qualquer colega ou de interferir, em qualquer momento, no trabalho do Conselho de Ética. Observar as normas regimentais e constitucionais é o mínimo que se espera de um presidente do Senado Federal. E é o que tenho feito rigorosamente ao longo dos últimos anos. Não seria agora que iria lançar mão de expedientes condenáveis nem manchar o prestígio do cargo que exerço para provar minha inocência.

Inocência que ficou plenamente comprovada com a abertura de meus sigilos fiscal e bancário – e somente a tranqüilidade diante de denúncias tão irresponsáveis me levou a pedir, por iniciativa própria, a abertura de investigação ao Ministério Público Federal.

Se apresentei, de forma espontânea, todas as provas contrárias, se abreviei os prazos de defesa no Conselho de Ética, foi por ter a plena convicção de que não havia o menor fundamento nas acusações apontadas contra mim. Por esse mesmo motivo, fiz questão de comparecer ao Conselho de Ética para esclarecer os relatores sobre eventuais dúvidas a respeito da perícia da Polícia Federal. Perícia que deixou bem claro: não existe qualquer ilegalidade, qualquer irregularidade envolvendo meu nome – e não há como questionar a independência e seriedade da Polícia Federal.

Apesar das divergências partidárias e do calor de debates mais polêmicos, o Senado está muito acima de pressões políticas duvidosas. A autonomia e a seriedade de seus representantes foram legitimadas pelas urnas. Por isso mesmo, tenho plena confiança de que o processo, agora, será conduzido com a mesma independência e o mesmo senso de justiça que têm pautado a conduta dos que sempre lutaram pelos interesses de nosso país.

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