Vereador defende mais rigor no uso de agrotóxicos na cultura fumageira

Em pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Municipal de Arapiraca, na noite desta terça-feira, o vereador Julio Houly (PRB) exigiu das secretarias municipais de Saúde e Agricultura maior controle e fiscalização no uso de agrotóxicos na cultura fumageira. Alertou o parlamentar, que todos os anos, o municipio de Arapiraca e demais cidades da região produtora de fumo, enfrentam crise de intoxicação causada pelo manuseio da folha de fumo.

Em um período de um mês, cerca de 120 casos foram registrados nos hospitais da região provocados por intoxicação. O mal-estar é provocado, segundo Houly, que é engenheiro agrônomo, pela nicotina e principalmente, resíduos de agrotóxicos.

Houly falou da necessidade de um maior controle e acompanhamento das secretarias municipais de Saúde e Agricultura e a exigência do Equipamento de Proteção Individual – (EPI) para os agricultores na aplicação do agrotóxico.

Segundo Houly, os resíduos tóxicos permanecem na planta por um período de até 30 dias. No ano passado no período da plantação e colheita do fumo a coordenadoria de Vigilância à Saúde notificou 200 casos de intoxicação de agricultores.

A grande maioria não utilizava o equipamento de proteção individual no trabalho no campo colheita e destalação das folhas de fumo. A maioria dos casos de intoxicação com alguns casos fatais foi registrada nos municípios de Arapiraca, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa.

Toxicidade
Segundo Julio Houly, o uso indiscriminado do agrotóxico Tamarom causou sérios danos à saúde dos agricultores e ao meio ambiente além de ceifar muitas vidas. O prejuízo causado pelo agrotóxico motivou uma campanha e a interferência do Ministério Público que retirou o produto de mercado.

Com a retirada do mercado o laboratório lançou outro produto denominado Estron, que segundo Houly é mais barato e com maior poder de toxidade. Houly sugeriu a realização de uma ampla campanha de conscientização sobre o uso de agrotóxicos além de financiamento para os agricultores para a compra do (EPI). Este papel é responsabilidade do Executivo, defendeu Houly.

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