Greve na ECT acumula 1,2 mil t de correspondências

A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) estima que pelo menos 1,2 mil t de correspondências estejam acumuladas nas centrais de entrega devido à greve dos funcionários da estatal, que entrou nesta segunda-feira no quinto-dia. São pelo menos 12 milhões de entregas que deixaram de ser feitas.

O cálculo foi elaborado com base na quantidade de entrega diária de correspondências e objetos que atinge, em dias normais, 32 mil entregas e 3,3 mil t. A ECT considera ainda os dois últimos dias úteis (quinta e sexta-feira).

De acordo com a estatal, a negociação com o comando de greve encerrou-se na sexta-feira. A categoria não aceitou a proposta da diretoria dos Correios de abono de R$ 400 e inclusão dos pais dos funcionários no plano de saúde.

Hoje, os comandos de greve estaduais devem se reunir em assembléias para decidir sobre a continuidade da greve. Caso não haja acordo, os Correios levarão a greve ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para ajuizamento de dissídio coletivo, que é a conciliação judicial para questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre as partes.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Distrito Federal, Moysés Leme Silva, afirmou que a proposta da ECT não supre as necessidades da categoria. "Na verdade a inclusão dos pais já existia. Eles tiraram o que a gente tinha e falaram que agora vão devolver. O que a gente quer é avançar nas causas econômicas".

De acordo com Silva, os funcionários paralisados não suspenderão a greve por causa da ação judicial. "O Comando Nacional de Negociação orientou até a presente data, a continuidade da greve. A gente vai manter a greve até segunda ordem do comando".

Segundo o representante do Comando de Negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), José Gonçalves, não há nenhuma nova reunião agendada entre a ECT e o comando de greve.

Os funcionários dos Correios estão em greve desde a última quarta-feira. A categoria pede uma reposição salarial de 47,77%, um aumento líquido de R$ 200 no salário dos trabalhadores, adicional de periculosidade e melhores condições de trabalho. A assessoria de imprensa dos Correios informou que 12 mil carteiros, 1 mil operadores de carga e 386 motoristas estão paralisados. Esse total representa 20% do efetivo. Já o comando de greve afirma que 80% dos empregados aderiram à greve.

Fonte: O Dia

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