Desabrigados da favela da Torre recebem doações da população

Danielle Silva / Alagoas 24 HorasDanielle Silva / Alagoas 24 Horas

A tarde desta sexta-feira foi especial para 15 das 49 famílias que perderam tudo e ficaram desabrigadas depois do incêndio criminoso que aconteceu no domingo passado, na favela da Torre, no Dique Estrada.

Hoje, as famílias que ocupam o Caic do Dique Estrada sentiram na pele a solidariedade dos alagoanos, ao receberem inúmeras doações da comunidade. Foram colchões, roupas, 50 cestas básicas, latas de leite, guloseimas, brinquedos e até móveis, divididos entre os que perderam tudo.

Parte das doações foi resultado de uma campanha realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). “Em apenas dois dias de campanha houve muita colaboração. A população foi solidária”, disse a secretária Solange Jurema, no momento da entrega dos donativos para os líderes comunitários da favela.

A secretária informou que a campanha prossegue e que as pessoas podem levar suas doações para a Seas, que fica no Poço. Solange disse ainda que já está sendo providenciado junto as pessoas que ficaram desabrigadas um levantamento do Programa Bolsa Família, do Governo Federal. “Queremos incluir os que estão fora no programa e agir para que os que perderam o cartão no incêndio voltem a receber”, explicou.

Vânia Teixeira, líder comunitária da favela Sururu de Capote, agradeceu as doações em nome de toda a comunidade e disse que a necessidade mais urgente para eles hoje é uma moradia digna. As 49 famílias que ficaram desabrigadas já foram cadastradas e cada uma delas irá receber R$150 – divididos entre Município e Estado – durante três meses, para garantir o aluguel de um novo lugar para morar.

“Durante três meses as famílias terão o dinheiro do aluguel garantido, mas vamos reivindicar um prazo maior caso as moradias definitivas não fiquem prontas nesse período”, disse a líder.

Vânia contou que os moradores que ficaram desabrigados estavam com dificuldades de alugar uma casa, em razão do preconceito dos proprietários por eles serem da favela. “Os proprietários não querem fechar aluguel com a gente. Mas agora, com a garantia do aluguel pago diretamente pela Prefeitura de Maceió e o Governo do Estado, será diferente”.

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