Sobre a chegada do craque

Estou na profissão de jornalista há pouco tempo. A pena se encontra na minha mão há seis anos. No entanto, sempre tive sorte com minhas escolhas – mesmo as mais improváveis. Quando sonhei em trabalhar com jornalismo on-line em Alagoas, o tema ainda era distante e de desconfiança. Lembro de um amigo – também jornalista – que me disse: “Você é louco. Aqui não tem espaço para isto. Se quiser, vá pra o Sul”.

Incrível. Sempre achei que provinciano é o sentimento de querer sair da província. Meus ídolos são todos da terrinha. E acredito que aqui em Alagoas tudo se plantando – com responsabilidade – dá. Apesar de alguns políticos. Mas, retomando a história do jornalismo. Apostei todas as minhas fichas no convite que o Alagoas 24 Horas me fez, há quase três anos, creio eu. Não sou bom de datas…

Lá fui eu! Contra todos. Hoje, o on-line é uma realidade, com concorrência, visão de futuro e mercado promissor. Quem diria! Confesso que tive medo ao decidir ir para o Alagoas 24 Horas. Tive que largar alguns outros veículos consolidados, inclusive uma escola – onde dava aulas – que me pagava muito mais do que ganharia como jornalista. Não pesou a escolha financeira. Pesou o sonho, que se realizou. Estou onde justamente queria estar.

Sabem por que? Pelas surpresas inesperadas que a escolha me reservou. A proximidade com alguns ídolos, que mesmo quebrando mitos e se mostrando mais humanos, ainda assim são figuras a quem devo muito quando olho – pelo espelho retrovisor – para a estrada que já fiz. São aulas para os dias que virão. Se tivesse que errar tudo de novo: eu erraria!

Uma das grandes notícias do Alagoas 24 Horas a que o público não teve acesso: a chegada de Cláudia Galvão. Ela entrou depois na equipe, mas com um poder de liderança e de transformação de idéias em realidade fantástico. Trabalhei com ela no impresso – quando eu era um mero estagiário – e aprendi muito. Uma honra tê-la como chefe novamente.

Porém, o motivo que me leva a escrever hoje se chama Waldemir Rodrigues. O companheiro das manhãs de muitos alagoanos. É mais um ídolo que chega à nossa redação. Não vou falar da imparcialidade – até porque não acho que ela exista, a emoção não se extirpa e há ideais que são subcutâneas, digamos assim. Falo da pessoa – que só conheço pela trajetória do jornalismo e pelos comentários, já que nunca fomos apresentados – que sempre escutei com atenção na rádio e que me fez – mesmo sendo azulino – querer que o CRB não caia. Motivo: é de uma precisão fantástica a forma como o jornalista-legista Waldemir Rodrigues disseca os fatos, aponta erros e mostra – às vezes até de forma irônica e fina – onde está a ferida. Ele nos leva a colocar o dedo na ferida.

Sem contar que o radialista-jornalista em questão me ensinou a ouvir rádio de uma forma diferente. Sem muitas das conversas de comadre que permeiam alguns profissionais, principalmente quando se deparam com autoridades. Educado, sem se curvar. Lógico, sem se perder no clichê. Preciso, mas abrindo sempre espaço para uma linguagem não meramente literal do fato. É assim que ouço e agora leio o Waldemir Rodrigues.

Ontem, um outro amigo – também jornalista (parece que jornalista só conhece jornalista, é coisa séria isso!!!) – me cumprimentou pelo Waldemir Rodrigues estar no site. Repito aqui o que falei para ele: “Pois é companheiro, agora eu me sinto como um atacante novato, sentado no banco vendo um craque dar show de bola, jogando em meu time”. Melhor seria Waldemir Rodrigues, se este time tivesse as cores azul e branco e se chamasse CSA (brincadeira)!

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