Praias do litoral alagoano estão em fazendas particulares

Em Alagoas, praias que deveriam ser de acesso livre para todas as pessoas viraram privilégio para poucos. Comunidades litorâneas tiveram que recorrer ao Ministério Público para abrir caminho até a praia.

Alagoas tem 230 quilômetros de praias de águas calmas e temperatura agradável. Mas, em alguns lugares, desfrutar desses encantos é privilégio para poucos.

A Praia do Gunga, uma das mais conhecidas de Alagoas, fica dentro de uma fazenda particular. Para ter acesso, é preciso uma carteira cedida pelo dono das terras. Mas como o número de visitantes é grande, a entrada acaba sendo liberada. “Quem não tem a carteirinha a gente deixa passar também”, disse o segurança do local.

Quem vai de barco consegue chegar à praia, mas o valor cobrado pelo passeio é de R$ 15 por pessoa. “O pessoal que vem para cá é mais selecionado, não fica aquela ‘muvuca’ de pessoas vendendo”, comentou o engenheiro Anderson Idicawa.

Na Praia de Riacho Doce, em Maceió, os moradores entraram com uma representação no Ministério Público Federal para abrir uma passagem. A orla é ocupada por várias casas, e o trecho usado como acesso está sendo fechado. A comunidade de Ipioca, outra praia da capital, conseguiu na Justiça uma passagem até o mar.

“Antigamente, a gente passava por baixo do arame. Todos os pescadores, quando iam à praia, passavam por baixo da cerca, com carro de mão e rede nas costas. A gente não tinha nenhum acesso para passar”, afirmou a presidente da Associação de Moradores, Vitória Nascimento.

O caminho que foi aberto pelo poder público é mais perto para os moradores. Mas, antes de chegar à praia, eles precisam atravessar um manguezal. O acesso teve autorização do Ibama e os próprios pescadores ajudam a preservar o ecossistema.

Fonte: G1

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