Irmãs de vereador cobram posição do Conselho de Segurança

Vanessa Alencar/Alagoas24horasAs irmãs do vereador aguardam desfecho

As irmãs do vereador aguardam desfecho

Nesta segunda, mais de 45 dias depois do assassinato do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, familiares da vítima voltaram a se reunir com os juízes Manoel Cavalcante e Alberto Jorge, membros do Conselho Estadual de Segurança, no Tribunal de Justiça (TJ), com o objetivo de cobrar um posicionamento do Conselho sobre a condução do caso.

As irmãs do vereador, Alda e Alessandra Brandão, entregaram uma carta aos juízes onde pedem, entre outras ações, a participação da Polícia Federal no caso. “Queremos a junção do trabalho da PF com o trabalho dos delegados que estão conduzindo muito bem o caso. Temos medo que as investigações estejam sendo sabotadas”, esclarece Alessandra.

A reunião aconteceu a portas fechadas e ficou determinado que, no próximo dia 03 de dezembro, os familiares de Fernando Aldo participam de reunião com os demais membros do Conselho Estadual de Segurança.

Isenção

“O conselho entra em ação caso a condução do inquérito não esteja a contento. Como estamos bastante confusos em relação à forma como a prisão de um suspeito, o PM Aldair Gonçalves, foi frustrada, estamos aqui para pedir providências. Até hoje não sabemos o que aconteceu de fato e queremos respostas”, disse Alessandra.

Para ela, falta isenção das polícias alagoanas na apuração do caso, principalmente no que diz respeito a condução da prisão do PM Aldair, que foi reconhecido por duas testemunhas como o autor dos disparos que mataram Fernando Aldo

“No dia 01 de dezembro, completa 30 dias que o PM Aldair fugiu, o que caracteriza deserção, cuja penalidade é expulsão da corporação. Se ele é inocente, que apareça e prove. Meu irmão, um homem sério, foi assassinado de forma brutal por interesses políticos. Esse crime sinaliza onde os grupos políticos estão dispostos a chegar até as eleições de 2008”, desabafa.

Na carta entregue aos magistrados, os familiares do vereador também pedem respostas para questionamentos como: A quem interessa o PM Aldair tão bem protegido? Ele está sendo ameaçado por quem? “Só não é por nós, porque não somos bandidos. Ainda tem muitas informações desencontradas. Queremos os executores e mandantes na cadeia”, conclui.

Até o final do ano uma nova passeata cobrando o esclarecimento do crime será realizada na capital alagoana, informaram os familiares.

Fernando Aldo foi assassinado em Mata Grande, durante o carnaval fora de época do município. O PM Aldair Gonçalves já era apontado como suspeito da morte pela delegada que investiga o crime, Kátia Emanuelle. No início de novembro, o suspeito conseguiu fugir do cerco do Bope.

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