O promotor de Justiça que acompanha o caso Cícero Belém, Marcos Mousinho, deu entrevista na manhã de hoje a TV Gazeta. De acordo com Mousinho, a prisão do ex-secretário de Defesa Social e delegado, Robervaldo Davino, não foi decretada com base apenas no depoimento da ex-namorada do pistoleiro Cícero Belém, mas sim em vários depoimentos que apontam Davino como culpado.
Marcos Mousinho disse ainda que em casos que envolvem pessoas importantes, a Polícia Civil tem entrado com o intuito de esconder provas e mascarar inquéritos. O promotor acusou Robervaldo Davino de ter feito este papel no caso Cícero Belém e disse que em vários depoimentos Davino é citado. De acordo com Mousinho, há uma rede criminosa que age há anos em Alagoas.
O promotor estranhou que mesmo diante dos depoimentos, o delegado não foi afastado – em nenhum momento de suas funções. Marcos Mousinho lembra ainda que Davino foi o primeiro a ouvir a ex-namorada de Belém. “Existe uma rede criminosa no Estado e, tirando alguns delegados, a Polícia Civil só entra no caso para mascarar provas, todos sabem que quanto mais tempo se leva para apurar um crime, maior é a chance da impunidade”, disse o promotor.
Mousinho reconhece ainda que algumas provas forjadas ou eliminação de membros da própria rede criminosa – como foi o caso de Cícero Belém Cícero Pitu e outros – visa proteger “os cabeças”.
