Trabalhadores rurais dão início a jejum de solidariedade a Dom Luiz Cappio

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

Acampados desde a tarde desta terça-feira na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), trabalhadores rurais ligados à Comissão Pastora da Terra (CPT) realizaram na manhã de hoje uma missa em apoio ao bispo da Barra (BA), dom Luis Flávio Cappio, que há mais de 20 dias realiza jejum contra a transposição do Rio São Francisco.

Os 150 trabalhadores – existe a possibilidade de novos grupos se juntarem aos sem-terra – afirmam que não têm prazo para permanecer na sede do Ibama, órgão responsável por conceder a autorização para as obras de transposição do rio São Francisco.

O protesto ocorre em solidariedade à greve de fome de dom Luiz Flávio Cappio e contra a transposição do rio São Francisco, que já está há 23 dias sem comer. Um dos coordenadores da CPT, Carlos Lima, informou que alguns trabalhadores deram início hoje a um jejum em solidariedade à causa de dom Luiz Cappio. “Fazemos o jejum para conseguirmos uma intervenção divina”, explicou.

O jejum de Dom Cappio já provocou a intervenção do Vaticano, que ordenou a suspensão, e da Presidência da República. Das oito reivindicações contidas na contraproposta do bispo de Barra, d. Luiz Flávio Cappio, enviadas ontem ao Palácio do Planalto, só não houve consenso nas duas primeiras que exigem a manutenção da suspensão das obras de transposição e a construção de uma "adução de 9m3/s de água para as áreas de maior déficit hídrico dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, redimensionando o projeto atual de 28m3/s".

Uma nova proposta sugere ainda a suspensão das obras pelo prazo de 60 dias e a realização, nesse período, de debate público sobre o projeto do governo e as alternativas apresentadas pelo Atlas Nordeste, elaborado pela Agência Nacional de Águas. Esta proposta será levada ao presidente Lula e a dom Cappio por seus respectivos representantes. Uma segunda reunião deve acontecer na tarde de hoje. Dom Luiz Cappio está em greve de fome, há 23 dias, contra o projeto do governo de transposição do Rio São Francisco.

Fonte: Com G1

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