De história e esperanças

Estamos às vésperas do oitavo ano do terceiro milênio. Um grande momento, após reviravoltas extraordinárias, em nosso país.

Há algum tempo atrás, quem militou na década de 1960, conviveu ou atuou em episódios que marcaram o tempestuoso, porém fecundo, século XX. À década de 60, sucederam, não tão óbvios, os singulares anos 70 e 80.

Dos grandes combates políticos, um sentimento de que poderosas transformações pareciam iminentes, surgiram, como algo tenebroso, os tempos de chumbo.

Lutar e sobreviver, o itinerário dos que persistiam na atividade política, mesmo que proibida pelo regime arbitrário. Cada novo dia em liberdade ou não, indicava a necessidade de travar a batalha desigual, mas impostergável.

Depois, acontecimentos grandiosos, a campanha pela anistia, os imensos comícios pelas “Diretas Já” à presidência da República, cujo desfecho frustrou os milhões de brasileiros que acorreram aos maiores comícios da História do Brasil.

Não houve tempo para lamentações, porque a vontade coletiva em derrubar a ditadura era maior que as dores da derrota. Outra onda democrática e popular varreu o país.

Surge a campanha de Tancredo Neves à presidência, através do Colégio Eleitoral, paradoxalmente instituído pelo regime para a sua perpetuação. Mais uma vez, milhões saíram às ruas contra a tirania, a censura à imprensa, pelas garantias legais, individuais ou coletivas.

Muitos lutavam por um regime democrático com transformações sociais profundas, outros, batiam-se por objetivos mais imediatos, como o conceito jurídico de que “todos são inocentes até que se prove o contrário”, contra a sua perversão, qual seja, “todos são culpados até que se prove o contrário”.

Logo após, em 1987, instala-se a Assembléia Nacional Constituinte, e com ela, a restauração democrática em nosso país. Surgiu, depois, o enredo neoliberal, desconstruindo direitos sociais, a privatização das indústrias estratégicas ao país etc. O período de FHC.

Retoma-se, a seguir, a luta nacional e popular, com a vitória de Lula. Cheia de virtudes e imperfeições. É o nosso contínuo histórico de esperanças, prazerosas ou sofridas, limitadas ou decisivas. São as nossas identidades. Com elas, erguemos o presente e sonhamos um futuro de paz, emancipação nacional, justiça social para o generoso e criativo povo brasileiro.

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