Comerciantes reclamam de falta de estrutura das barracas da Feirinha

Cláudia Galvão/Alagoas24HorasRoberto Andrade mostra área onde funcionará a Feirinha

Roberto Andrade mostra área onde funcionará a Feirinha

Os comerciantes da Feirinha do Tabuleiro voltaram a reivindicar da prefeitura de Maceió apoio na reforma das barracas para a transferência da Feira que se dará a partir da próxima quinta-feira, seguindo determinação do juiz Emanuel Dórea. Na tarde de hoje, os comerciantes voltaram a se reunir com o secretário municipal de Abastecimento, Marcos Alves, para esclarecer os detalhes da transferência.

A transferência, que estava sendo programada desde o início de 2005, foi marcada por diversos prazos não-cumpridos, até que a Justiça deu o ultimato. Com o processo em fase de conclusão, o secretário ainda conseguiu junto ao juiz uma pequena prorrogação, até o dia 10 de janeiro, para que toda a transferência tenha sido efetuada.

Conforme a decisão judicial, o descumprimento da medida ensejará uma multa diária de R$ 500 contra o município. “Passamos essas informações ao presidente da associação que os representa. Lamento que isso não tenha sido transmitido”, informou o secretário, acrescentando que, caso os feirantes recusassem a transferência, a multa seria de responsabilidade deles.

Os comerciantes receberam a notícia da transferência, sem surpresa, e deixaram claro que não são contrários a ela, entretanto, esperavam da prefeitura uma contrapartida na reforma das barracas.

“Tudo que nós queremos é que a prefeitura nos dê um pouco mais de apoio para que possamos reformar nossas barracas, mas já fomos informados pelo secretário que, por enquanto, não teremos este apoio. A informação nos deixa preocupados porque iremos nos mudar para um novo local, em péssimas condições”, disse o presidente da Associação dos Feirantes do Tabuleiro, Nilson Sabino.

Projer

Os feirantes questionaram também o destino dos recursos do Projer (programa do Ministério das Cidades) que iriam contemplar os comerciantes e havia sido anunciado na gestão do secretário Carlos Ronalsa. “Depois da mudança de secretário ficamos desestruturados. Os projetos que existiam não existem mais”, ressaltou.

Sobre as reivindicações, o secretário não descartou a possibilidade de financiamento para aquisição de madeira e lona pelos feirantes, mas não de imediato. “O dinheiro público não pode ser usado para a iniciativa privada. Se vocês tiverem uma empresa que venha a fabricar as barracas, o município pode entrar como avalista, mas essa é uma questão a ser discutida no futuro”, encerrou o secretário no contato com os feirantes.

Na próxima quarta-feira, os comerciantes voltam a se reunir com o secretário para realizar o sorteio que definirá a ordem de ocupação das barracas.

Novo Espaço

A área adquirida pela prefeitura possui 13 mil metros quadrados, onde serão instaladas 960 barracas, com espaço para lanchonetes, banheiros e boxes para os comerciantes de confecções.

De acordo com o administrador da Feira, Roberto Andrade, a limpeza do local, que é uma das grandes preocupações dos comerciantes também está sendo feita diariamente. “Todos os dias, a Slum faz a limpeza do local e o lixo é recolhido, para que os comerciantes não reclamem do acúmulo. Aos poucos estamos nos estruturando para melhorar as condições da feira”, informou Andrade.

Apesar de reclamar da falta de estrutura das barracas, alguns comerciantes comemoram a transferência. "O novo espaço será mais seguro para nós e para os consumidores. Aqui, além da bagunça, temos o problema do trânsito intenso, que atrapalha nas vendas", reforçou a comerciante Josefa Vital, que trabalha na Feirinha há cerca de seis anos.

Fonte: Com Assessoria

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