Os versos do poeta

Quando o ano de 2008 avizinha-se rapidamente, iminente, nesses tempos de festas, deve-se, acredito, escrever ou falar em mensagens de esperanças mesmo que exista um sentimento de ceticismo em muitas pessoas bombardeadas pelos acontecimentos sociais, as notícias sobre a criminalidade, ou mesmo uma difusa sensação emanada de um tempo complexo demais.

Não temos qualquer vocação para adeptos do Dr. Pangloss, personagem de Voltaire no romance satírico “Cândido ou o Otimismo”, que olhava o mundo e os episódios, com um tresloucado otimismo. O referido Pangloss, nunca observava os fenômenos da sociedade com olhos críticos.

Por outro lado, abominamos o seu oposto extremo, o niilismo, doutrina que professa a convicção de que não há verdades ou alguma espécie de valores na sociedade a serem construídos ou mantidos pelo seu caráter universal. Assim, nem o otimismo irrealista, como o velho remédio, a “maravilha curativa”, nem a descrença na capacidade do ser humano em alterar o seu destino para tempos melhores.

O desenvolvimento da humanidade já provou o contrário, as mulheres e os homens mudam, quando podem e querem transformar a situação estabelecida, quando adquirem a consciência dessa necessidade. E o fazem, também, em todas as áreas das ciências.

As guerras, as injustiças, a fome, as ditaduras etc, são parte de uma etapa das sociedades que ainda não atingiram um estágio superior.

Assim pensam não só os defensores das emancipações estruturais da condição humana, mas os cristãos, os judeus, os islâmicos, os budistas, os humanistas, os umbandistas, e tantas outras religiões ou cultos.

É inerente aos seres humanos o sonho de um novo mundo, como um destino a ser alcançado por todas as gerações, inclusive aquelas que passaram por experiências terríveis.

A raça humana, mais que contemplativa, modifica as suas condições de sobrevivência, sempre com imperfeições, mas em escala progressiva. Não pretendemos retornar à idade da pedra lascada, mesmo que alguns insanos sonhem com essa regressão.

Em 2008, continuemos a honrar o legado dos que se bateram por novos dias, como nos versos do poeta Maiakovski: se as estrelas se acendem é porque alguém precisa delas, é porque, em verdade, é indispensável que sobre todos os tetos uma única estrela, pelo menos, se alumie.

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