Alagoas conseguiu se livrar da aftosa

Alagoas 24 HorasJosé Olavo Borges

José Olavo Borges

Alagoas não tem mais aftosa. O diagnóstico foi dado por um dos maiores especialistas em bovinocultura do País, o paulista Adir do Carmo Leonel, baseado no fato de o Estado não registrar nenhum caso da doença há seis anos. Ele veio a Maceió para participar do leilão de embriões realizado pelos Irmãos Barros Correia, sábado à noite, no Hotel Ritz.

Pecuarista, dono da “Estância dois L”, uma das maiores fazendas de gado em Ribeirão Preto-SP, Adir apontou a pecuária alagoana como uma das melhores do País e destacou a eficiência dos pecuaristas locais, citando, entre eles, os irmãos Barros Correia. “A pecuária alagoana é, hoje, destaque nacional, graças à eficiência e à competência do pecuarista alagoano”, observou.

Leilão

Depois de destacar o fato de Alagoas há seis anos não registrar nenhum caso de aftosa, o pecuarista paulista disse que ousava concluir que o Estado se livrou da aftosa e já pode pleitear o reconhecimento de que controlou a doença. “Ora, se há seis anos não se registra nenhum caso, é lógico que a aftosa aqui foi debelada”, concluiu.

O leilão de embriões promovido pelos Irmãos Barros Correia é inédito no Nordeste; a média de preço por lote atingiu R$ 70 mil e agradou aos realizadores. “Foi um sucesso, graças a Deus”, festejou Ricardo, um dos três irmãos Barros Correia. “Os embriões são de vacas alagoanas que já não estão mais aqui; foram vendidas para criadores de Minas Gerais, São Paulo, Bahia”, completou.

Perdas

O fato de Alagoas continuar na zona de risco desconhecido da aftosa não impediu o desenvolvimento da pecuária alagoana, mas restringe os negócios e provoca perdas exorbitantes, como a ocorrida há duas semanas; uma vaca alagoana vendida por R$ 47 mil foi revendida no leilão de Uberaba–MG por R$ 1 milhão 160 mil. No leilão de sábado, o embrião dessa vaca foi arrematado por R$ 70 mil – quase duas vezes o valor da matriz produzida e criada em Alagoas. “O governo alagoano já pode pleitear a retirada de Alagoas da zona de risco da aftosa. Não tem mais sentido manter o Estado nessa condição, se não há registro da doença nesse prazo de seis anos. Acho o prazo suficiente para concluir que o Estado conseguiu controlar a doença”, completou Adir.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos