Representantes da Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Estadual se reuniram na manhã de hoje para estudar técnicas de combate a corrupção em todo o Brasil. Em Alagoas, o chefe do Ministério Público Federal, Gino Sérvio, destacou a importância na integração dos órgãos na vigilância e na troca de informações entre estes, para um efetivo combate. “`Precisamos criar uma rede informacional que funcione como uma força tarefa, para que o câncer da corrupção seja extinto do país”.
Para ele, a reunião entre os poderes vai além do campo teórico. “Estamos aqui para a criação de uma Força Tarefa, com nomes e funções delegadas, que auxiliem uns aos outros e possam informar também a população, como agir em casos de corrupção. É importante a integração dos poderes com a sociedade”, destacou Gino Sérvio.
Sérvio colocou ainda que as parcerias entre Controladoria Geral da União e o MP Federal e Estadual não estão bem encaminhada. Segundo ele, faltam maiores canais de comunicação. “Seminários e reuniões como estas nos integram e auxiliam as nossas ações, tanto no campo teórico, quanto prático”.
Quanto ao crime organizado, Sérvio falou da importância de capacitar os promotores. “O crime evolui muito rápido, por isto a necessidade da informação constante e do estudo e debate das práticas criminosas. Precisamos nos organizar para enfrentarmos o crime organizado”.
Ministério Público
A promotora do Ministério Público de Alagoas, Karla Padilha destacou – durante o evento – a importância da campanha nacional “Corrupção mata: previna-se”. Para ela, é necessário que os órgãos integrados atuem de forma preventiva para exercer o controle das práticas políticas públicas, “garantindo os direitos sociais, como a saúde, educação e moradia”.
“Existe muita gente envolvida na criação desta Força Tarefa que contará com o trabalho de técnicos do Governo Federal, Ministério Público e Controladoria Geral. Assim, poderemos fiscalizar questões como licitações, contratações, concursos públicos, entre outras ações, onde pode haver irregularidade”.
Padilha destacou também a importância da atuação dos conselhos formados pela sociedade civil organizada. “É importante que o poder público oriente estas pessoas, que são parceiros fortes no combate a corrupção. Em 99% dos casos, nós constatamos que os conselhos não funcionam e sofrem pressões dos governantes. Não possuem sede, carro, nem mesmo subsídios para trabalhar. Possibilitar o trabalho dos conselhos e criar uma união com estes é fundamental”.