MP e Controladoria Geral querem criar Força Tarefa contra corrupção

Luis VilarGino Sérvio, "o crime evoluiu muito rápido"

Gino Sérvio, "o crime evoluiu muito rápido"

Representantes da Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Estadual se reuniram na manhã de hoje para estudar técnicas de combate a corrupção em todo o Brasil. Em Alagoas, o chefe do Ministério Público Federal, Gino Sérvio, destacou a importância na integração dos órgãos na vigilância e na troca de informações entre estes, para um efetivo combate. “`Precisamos criar uma rede informacional que funcione como uma força tarefa, para que o câncer da corrupção seja extinto do país”.

Para ele, a reunião entre os poderes vai além do campo teórico. “Estamos aqui para a criação de uma Força Tarefa, com nomes e funções delegadas, que auxiliem uns aos outros e possam informar também a população, como agir em casos de corrupção. É importante a integração dos poderes com a sociedade”, destacou Gino Sérvio.

Sérvio colocou ainda que as parcerias entre Controladoria Geral da União e o MP Federal e Estadual não estão bem encaminhada. Segundo ele, faltam maiores canais de comunicação. “Seminários e reuniões como estas nos integram e auxiliam as nossas ações, tanto no campo teórico, quanto prático”.

Quanto ao crime organizado, Sérvio falou da importância de capacitar os promotores. “O crime evolui muito rápido, por isto a necessidade da informação constante e do estudo e debate das práticas criminosas. Precisamos nos organizar para enfrentarmos o crime organizado”.

Ministério Público

A promotora do Ministério Público de Alagoas, Karla Padilha destacou – durante o evento – a importância da campanha nacional “Corrupção mata: previna-se”. Para ela, é necessário que os órgãos integrados atuem de forma preventiva para exercer o controle das práticas políticas públicas, “garantindo os direitos sociais, como a saúde, educação e moradia”.

“Existe muita gente envolvida na criação desta Força Tarefa que contará com o trabalho de técnicos do Governo Federal, Ministério Público e Controladoria Geral. Assim, poderemos fiscalizar questões como licitações, contratações, concursos públicos, entre outras ações, onde pode haver irregularidade”.

Padilha destacou também a importância da atuação dos conselhos formados pela sociedade civil organizada. “É importante que o poder público oriente estas pessoas, que são parceiros fortes no combate a corrupção. Em 99% dos casos, nós constatamos que os conselhos não funcionam e sofrem pressões dos governantes. Não possuem sede, carro, nem mesmo subsídios para trabalhar. Possibilitar o trabalho dos conselhos e criar uma união com estes é fundamental”.

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