Em setembro de 2005 o comércio varejista de Maceió cresceu 10,42%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já em relação ao mês anterior (agosto), verificou-se uma redução no faturamento de vendas de 6,30%.
O acumulado do ano é de 18,72% o que, segundo o economista Silvio Costa, coordenador do Instituto de Estudos e Pesquisas (IEP) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maceió (CDL), deve-se à estabilidade na economia brasileira que, apesar das altas taxas de juros, proporcionou crescimento ao comércio da capital em todos os meses do ano.
Ainda segundo Silvio Costa, é normal que haja uma redução nas vendas de setembro em relação a agosto. Para ele, mesmo com o bom desempenho do comércio nos últimos meses, o aumento significativo começa a partir de outubro, mas em setembro as vendas já podem sentir um leve acréscimo; superando-se em relação a agosto.
“Apesar da crise política o consumidor está indiferen te a essa questão na hora da compra. Se até então não o tem afetado e ele tem o capital, a oferta e a necessidade de consumo, ele vai comprar”, afirma Silvio Costa.
Dos 17 ramos de atividade analisados apenas cinco apresentaram comportamentos negativos, em relação a 2004. O que mais sofreu redução (e que vem apresentando esse resultado desde o início de 2005) foi o ramo Lojas de Departamento, com baixa de (- 58,47%), seguido de Farmácias e Perfumarias, (- 48,77%); Livraria, Papelaria e Material de Escritório, (- 38,36%); Cine-Foto-Som, (-31,86%) e Auto-Peças, com (- 0,87%).
Continuando no topo da lista dos melhores desempenhos está o ramo de Tecidos, que encerra o mês de setembro com saldo positivo nas vendas de 163,18%. Outros ramos que também se destacaram foram Óticas, com crescimento de 116,79% – recuperando-se da baixa sofrida em agosto – Móveis e Decorações, aumentando as vendas em 90,71%; Vestuário, com 77,15%; Informática 72,75%; Materiais de Construção 69,20%; Massas, Frios e Lacticínios 20,01%, Lojas de Utilidades Domésticas 23,49%; Concessionárias de Veículos 17,25%, Supermercados 15,65%; Calçados 10,24% e na lanterna Combustíveis e Lubrificantes que, pelo segundo mês consecutivo, é o último da lista. Dessa vez, com um crescimento de apenas 1,89%.
Na variação do faturamento por porte, no geral as empresas apresentaram comportamentos positivos. Comparados com 2004, tanto as grandes, que atingiu a marca dos 12,68%, as médias 0,06%, as pequenas com 7,57% e as micro empresas com 2.62%, destacaram-se em 2005.
Participação
Quando o assunto é participação no faturamento das vendas, dos dezessete ramos pesquisados, nove reduziram sua participação e oito ampliaram. Destaque para o ramo Concessionárias de Veículos, que continua assumindo a liderança com participação de 26,28%, seguido de Supermercados com 20,66% e Combustíveis e Lubrificantes com 11,07%. Os demais apresentaram resultados positivos abaixo dos 10%, como Cine-Foto-Som com participação de 0,12%, dois a menos que o mês anterior.
Na participação por grupo, o Comércio Automotivo foi o que mais cresceu no mês de setembro, com 33,46% de aumento. Bens Duráveis, Bens Semiduráveis, Bens Não Duráveis, Materiais de Construção, Combustíveis e Lubrificantes e GLP e Livraria, Papelaria e Material de Escritório também apresentaram resultados positivos. O menor índice no entanto ficou para as Livrarias, com participação de apenas 0,57%.
Quanto aos portes, as médias e as grandes empresas ampliaram sua participação em 75,06% e 14,03% respectivamente. As pequenas e micro empresas reduziram em 0,73% e 10,18%, quando comparadas ao mês anterior.
