O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que nesta terça-feira (13) sai a decisão sobre o recesso ou convocação do Congresso Nacional neste final de ano. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (12), em São Paulo, Renan informou que a decisão será tomada em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, os líderes partidários, os presidentes das CPIs e do Conselho de Ética da Câmara.
Renan reafirmou a política de tomar a decisão em conjunto com todos os líderes, mas disse que, em sua opinião, se for necessário votar o orçamento, o Congresso deve se auto convocar. Para Renan, o orçamento deve ser resguardado da disputa política porque dele dependem os investimentos, o salário mínimo e a sinalização ao mercado sobre os gastos públicos.
O presidente do Senado também falou sobre a hipótese de o governo utilizar o recesso parlamentar para "desaquecer" a crise, uma vez que as CPIs teriam seus trabalhos interrompidos por um mês. Ele ressaltou que uma auto convocação não teria um custo alto.
– O pior seria pagar o preço político de passar à população a idéia de que o recesso teria o objetivo de paralisar as investigações – afirmou.
Além de discutir a auto convocação ou não do Congresso, a reunião de Renan com os líderes deverá decidir quais dos projetos relacionados à segurança pública poderão ser votados ainda este ano. Os senadores Ramez Tebet (PMDB-MS) e César Borges (PFL-BA) e o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), responsáveis pela sistematização das propostas, apresentarão um levantamento dos projetos que podem começar a ser votados imediatamente no Senado e na Câmara dos Deputados.
Renan ainda marcou para a próxima quarta-feira (14) sessão do Congresso Nacional pata votar vetos presidenciais e créditos orçamentários, atendendo a apelo do governo para que o Orçamento Geral da União seja aprovado até o dia 15.
