Brasília – O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma mega fiscalização das obras emergenciais da Operação Tapa-Buracos a partir da próxima segunda feira. Um grupo de 100 técnicos vai analisar os contratos referentes aos 243 trechos que estão sendo restaurados no país.
O ministro Adylson Motta, presidente do tribunal, disse que será dada atenção especial aos contratos para restauração de 7 mil quilômetros de rodovia que tiveram licitação dispensada. Serão analisados o custo da obra, a escolha das empresas e a qualidade técnica dos reparos a serem realizados.
O ministro Augusto Nardes demonstrou preocupação com os números contidos na Portaria 1.806 do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que revelam uma diferença de 188% no custo dessas obras, com base nos preços por quilômetro, quando comparadas as contratadas com licitação e as que dispensaram o processo.
De acordo com a Portaria do Dnit, os cerca de 7 mil quilômetros contratados sem licitação estão orçados em R$ 182.887 milhões, enquanto cerca de 19 quilômetros licitados saíram por R$ 167.113 milhões.
Além da análise dos contratos, os fiscais irão pessoalmente aos locais de obras. O tribunal vai gastar R$ 160 mil na operação. A verba consta do orçamento do TCU.
