"Pedir para"

"Os ladrões pediram para que os funcionários e clientes mantivessem a calma e apenas colocassem os celulares nas mesas."

O fragmento reproduzido acima, extraído de texto do jornal “Folha de S.Paulo”, apresenta uma impropriedade quanto à regência do verbo “pedir”.
Segundo a norma culta do idioma, a construção "pedir para" deve ser usada apenas no sentido de "pedir licença ou autorização para alguma coisa". Assim: “Pediu [licença] para sair”.
No sentido de fazer um pedido a alguém, o ideal é empregar os dois objetos (direto e indireto) separadamente, de modo que o objeto direto contenha o pedido em si e o indireto contenha o seu destinatário. Assim: “Pediu a ele que viesse”.
Abaixo, o texto reformulado:

Os ladrões pediram aos funcionários e clientes que mantivessem a calma e apenas colocassem os celulares nas mesas.

Thaís Nicoleti de Camargo, autora dos livros “Redação Linha a Linha” (Publifolha), “Uso da Vírgula” (Manole) e “Manual Graciliano Ramos de Uso do Português” (Secom- Governo de Alagoas), apresenta o programa “Português Linha a Linha” na TV Pajuçara.

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