Testemunhas podem causar reviravolta no caso Fidélis

Alagoas24horasDiretor da Polícia Civil, Robervaldo Davino, presta depoimento no caso Fidélis

Diretor da Polícia Civil, Robervaldo Davino, presta depoimento no caso Fidélis

O diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, foi o primeiro a prestar depoimento ao juiz da 9ª Vara Criminal, José Braga Neto, e ao promotor do Ministério Público, Marcos Mousinho. Ao todo, serão 20 testemunhas – entre autoridades e familiares da vítima – que são ouvidas com a presença dos três indiciados no caso.

O assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis ocorreu no dia 28 de outubro do ano passado, no presídio Baldomero Cavalcanti. Os indiciados no caso foram o ex-diretor do Presídio Baldomero Cavalcante, Jair Macário, o ex-chefe da guarda do presídio Baldomero, José Jorge, e o detento Edson dos Santos, o Pé de Cobra.

Além de Davino, também fazem parte da lista o então secretário de Ressocialização, Valter Alves Gama, o delegado Valdir Silva de Carvalho, o juiz Jamil Amil de Holanda Ferreira e os condenados – Garibaldi Santos Amorim, Amauri Barbosa Ferreira, David Costa dos Santos e Fabiano Fernandes, irmão de Fidélis.

A expectativa é que os depoimentos esclareçam o crime, já que o assassino-confesso, Edson dos Santos mudou os depoimentos. No momento do crime, estavam na cela o Pé-de-Cobra, Fernando Fidélis e David Costa dos Santos. Já Fabiano Fernandes estava na cela ao lado e deve ter visto toda a cena.

As outras testemunhas são José Ailton Pereira de Barros, Carlito Ferreira Chaves, Renemenemes Santos Araújo, Shirley Santos Araújo, Tânia Maria Couto (esposa de Fidélis), Geolândias da Silva, Uzemar Leite da Silva, Sílvio Batalha da Silva, Lucas Ormínio da Silva, Bento Júnior Fernandes da Costa (irmão), Fernandinho Fidélis (filho) e Sinvaldo Oliveira Dias Santos.

Caso as testemunhas não sejam todas ouvidas hoje, o que é provável que aconteça, os depoimentos ficarão para a próxima semana.

Denúncias

O advogado de José Jorge, Júlio César Cavalcante, disse hoje que pedirá ao juiz que seu cliente seja novamente interrogado para trazer fatos novos. “Ele realmente é inocente e a prova disso é de que existe um preso na carceragem da Polícia Federal que confidenciou que o Pé-de-Cobra havia pego a arma da mão do David. Isso ele vai dizer em depoimento. (…) O Pé-de-Cobra confidenciou de que não foi ele que matou e que está recebendo por isso, então, com certeza vai haver uma reviravolta no caso”, explicou.

Segundo Júlio César, David estava na mesma cela que Pé-de-Cobra e Fidélis e foi preso por homicídios e assassinatos. Ele já conseguiu a liberdade, pela apelação premiada, na mesma época que foi solto o ex-PM Garibalde Amorim, pelo mesmo recurso.

Ainda de acordo com o advogado, Pé-de-Cobra já teria comprado um terreno com o dinheiro recebido e que os depoimentos dele mostram as controvérsias, já que ele se julgou inocente, assumiu o crime e, por último, disse que o crime foi a mando de José Jorge e Jair Macário.

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