Familiares e amigos vítimas da violência em Maceió se mobilizam pela paz e justiça

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Cerca de 100 pessoas, entre parentes e amigos das vítimas de crimes impunes no Estado participaram, agora há pouco, de uma caminhada exigindo paz, segurança e justiça. A concentração começou às 10h, em frente ao Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas de Alagoas (CEPA), na Avenida Fernandes Lima e terminou na Praça Deodoro, no centro de Maceió.

As pessoas carregavam faixas e gritavam “Paz, amor, justiça, união, queremos segurança para todo cidadão”. Alguns participantes vestiam camisas com fotos de Guilherme Cabral e Israel Sampaio. Eles relembram crimes que ainda não foram solucionados pela Justiça, entre eles o do estudante Davi Hora e exigem providências.

O estudante Diogo Name, primo de Israel Sampaio, participou da passeata e destacou a importância do movimento. “Queremos convocar a sociedade a participar conosco desse movimento cidadão pela paz e justiça e dos outros que iremos organizar. Vamos cobrar apoio dos políticos e da Justiça para que esses crimes não fiquem impunes e para que outras pessoas não sejam vítimas desses criminosos”, justificou.

Entre os participantes, estava Simone Sampaio, que caminhava pelas ruas com a foto do filho estampada na camisa. Ela é mãe do estudante Israel Sampaio, morto por um disparo de arma de fogo, na cabeça, na madrugada do dia 9 de janeiro do ano passado, em frente a uma casa de show, no bairro do Jaraguá. “Estamos aqui para exigir paz e soluções imediatas para esses crimes. Diante da impunidade e da lentidão da justiça alagoana, ficamos órfãos. É um absurdo que os assassinos do meu filho estejam soltos”, disse.

Otávio Brandão, pai do estudante Guilherme Cabral, carregava um cartaz com a foto do filho. Guilherme desapareceu no dia 2 de novembro e seu carro apareceu carbonizado em Jacarecica, um dia depois. Após nove dias de sem notícias, o corpo dele foi encontrado em um terreno, localizado no Barro Duro. “Queremos Justiça e exigimos paz e segurança para a população. Fomos vitimados por uma dor que vai continuar conosco até o resto de nossas vidas e não queremos também que ninguém sofra como nós”, argumentou.

Otávio disse ainda que foi convocado pelo governador interino, Luiz Abílio, para uma reunião com a Cúpula de Segurança do Estado, no dia 01 de fevereiro, no gabinete do governador. Abílio prometeu solucionar o caso o mais rápido possível. “Só recebemos promessas, até agora nada foi resolvido; não recebemos nenhum comunicado, nem telefonema. Mas, enquanto eu estiver vivo e tiver forças eu vou pedir Justiça pelo meu filho”, disse Otávio.

A passeata também relembrou o caso do estudante Davi Hora Omena e do motorista Anderson Clayton Fernandes dos Santos, que foi solto hoje depois de ter atropelado, no último domingo, dez pessoas no ponto de ônibus em frente ao Shopping Iguatemi e matado três. Eles cobraram justiça e punição para os culpados.

Já Davi Hora, 19, que foi assassinado no dia 23 de Junho, durante as festividades juninas, em São Miguel dos Campos, pelo colega Rodolfo Amaral, 18, com um tiro de pistola. Davi passou quase 15 horas em coma profundo, mas não resistiu e morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

Durante a manifestação o trânsito ficou congestionado na avenida Fernandes Lima, no sentido Farol-Centro e na Rua Barão de Atalaia. Mostrando solidariedade, muitas pessoas que passavam pelo local aderiram ao movimento.

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