O Ministério da Educação divulgou a lista das dez unidades de ensino selecionadas para receber verbas para implantação de cursos que visam a melhoria do ensino noturno. Entre as divulgadas está a Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus, de Teotônio Vilela, que inscreveu o projeto denominado Agroturismo.
Ao todo foram inscritas mais de 800 escolas de todo o País. De cada região foram selecionados apenas dois projetos. A escola alagoana receberá R$ 140 mil reais para implantação do curso, que necessita de infra-estrutura como a ampliação do laboratório de informática da escola, a implantação de um laboratório de gastronomia, biblioteca, videoteca, entre outros.
O governo do Estado, através da Secretaria Executiva de Educação, será parceiro da iniciativa disponibilizando o corpo docente para as aulas de conhecimentos específicos como nutrição, primeiros socorros e administração rural. As aulas já iniciam este mês, com três turmas de 50 alunos cada. A duração do curso é de quatro anos.
“Louvamos iniciativas como a dessa escola, que inscreveu o projeto no MEC de forma independente, mas com o propósito de melhorar a qualidade do ensino noturno não só na unidade, mas em todo o Estado, já que o curso pode ser adaptado para todas as regiões e serve de exemplo para as outras escolas”, comemora o secretário executivo de Educação, professor José Marcio Lessa.
Curso
A partir de uma pesquisa feita pelo Projeto Educação no Campo da Secretaria Executiva de Educação (PEC/SEE), foi constatado que um dos principais motivos de evasão dos alunos do turno noturno, que em sua maioria trabalha durante o dia, era a falta de cursos de formação profissional que orientassem sobre a melhor utilização dos recursos naturais da região para a melhoria da qualidade de vida no campo.
De acordo com o decreto presidencial nº 5.154 de 2004, a educação profissional deve ser desenvolvida com cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, de educação profissional técnica de nível médio e de educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação. Tudo isso deve ser feito de forma integrada, ou seja: ao tempo que a escola prepara para o vestibular deve paralelamente oferecer cursos profissionalizantes.
Formação
O curso além de garantir formação para os alunos oferecerá uma capacitação para os professores em didática e metodologia de ensino, e ainda uma pós-graduação latu sensu à distância (videoconferência) em Educação Ambiental e Turismo com duração de um ano.
“A nossa intenção é apresentar ao Estado uma ferramenta para melhoria do ensino noturno, considerando o redimensionamento dessa modalidade de ensino para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, já atenderemos às necessidades locais”, explica o diretor-adjunto da escola, Cícero Trindade. Ele lembra que o projeto foi idealizado e construído pela comunidade escolar, formada por pais, alunos, professores e conselheiros escolares.
