Polícia cumpre novos mandados no caso do empreiteiro assassinado

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos cumpriram hoje novos mandados de busca e apreensão nas investigações do caso de José Maria dos Santos, 55. O empreiteiro foi assassinado a mando da mulher, Maria José da Silva, que contratou três militares para matar o marido.

Nesta manhã, os policiais foram ao ferro-velho onde estaria o carro do empreiteiro, um Celta preto, que foi vendido após o assassinato por R$ 500. “Fomos ao ferro-velho e não encontramos o veículo, nem fizemos mais prisões”, disse o chefe de serviço da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Eliel Paranhos.

Os mandados, expedidos pelo juiz Sóstenes Andrade, também determinam a prisão do dono desse ferro-velho e do amante de Maria da Silva, o fotógrafo José Carlos, que também teria participação no assassinato. “Eles não foram encontrados, mas estamos em diligências e o trabalho não pára, vamos continuar as investigações”, informou Eliel.

Pelas investigações da polícia, o motivo do crime teria sido um relacionamento amoroso que teria sido descoberto pelo empreiteiro, que além de se separar dela a teria ameaçado de morte.

Os soldados Jairo, do 4° Batalhão, Correia, do 1° Batalhão, e Da Rita, integrante da Radiopatrulha, estão detidos no Quartel Geral da Polícia Militar. Os outros presos Luiz de Aquino e Marcelo Santos Correia, 23, mostraram onde foi enterrado o corpo ontem, em um matagal na cidade de Satuba.
Eles estão presos na Delegacia de Roubos e Frutos de Veículos, juntamente com a esposa de José Maria.

Crime

José Maria dos Santos morreu por asfixia, depois de ter bebido sonífero. Ele foi amarrado com fios de telefone e jogado em um matagal. O crime foi confessado por Maria José ao delegado de Roubos e Furtos de Veículos, Carlos Alberto Reis. O empreiteiro havia sumido no dia 8 de fevereiro e a suspeita era de que ele havia sido seqüestrado.

O corpo foi encontrado pelo Instituto Médico Legal no dia 3 de março, mas não tinha sido identificado. De acordo com o secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, os militares podem estar ligados a um grupo de extermínio. “Não sabemos ainda o número de pessoas que possam integrar a quadrilha, mas o fato de que mais de um militar esteja envolvido neste tipo de crime nos deixa apreensivos, pois há indícios claros de que esta pode não ser a primeira execução deles”, afirmou.

A hipótese não está descartada e será investigada pela cúpula da Secretaria de Defesa Social. Esta semana, o delegado Carlos Alberto Reis voltará a ouvir os militares para concluir o inquérito do empreiteiro e definir a participação deles em crimes de extermínio.

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